"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Respirar: o mantra mais profundo





Inspire e deixe que o inspirar reflita-se no seu ser. Expire e deixe que o expirar reflita-se no seu ser. Sentirá um tremendo silêncio descendo sobre você.

Este é o mais profundo mantra jamais inventado: ver o ar entrando e saindo, inspirando e expirando.

Você respira aqui e agora. Não é algo que possa fazer ontem ou amanhã; você tem de respirar neste momento.

Mas você pode pensar sobre ontem e sobre amanhã. Assim, o corpo fica no presente e a mente fica pulando entre o passado e o futuro; há uma divisão entre o corpo e a mente.

O corpo está no presente e a mente nunca está; eles nunca se encontram. Por causa dessa divisão é que a ansiedade, a tensão e a angústia surgem. As pessoas são tensas por causa das preocupações.

A mente tem que ser trazida para o presente porque não existe nenhum outro tempo.

Osho, em "O Livro Orange"




A importância da respiração

Nossa respiração reflete nosso estado físico, mental e espiritual.
Basta lembrarmos como respiramos a cada sensação de angústia,  aflição ou ansiedade. A sensação que temos é que precisamos engolir uma grande quantidade de ar para trazer uma sensação melhor. Levamos o ar até o peito, colocamos um pouco mais e depois expulsamos de forma rápida  pela boca como se isso desse o conforto que necessitamos. Suspiramos e continuamos. Mas isso de nada adianta.
Lembremos agora da respiração enquanto dormimos. Se não fosse tranqüila, não conseguiríamos relaxar e dormir. Essa respiração que precisamos resgatar durante todo o nosso dia. Quem pratica Yoga aprende a respirar. Mas quem não  pratica pode se utilizar desses ensinamentos. Não só o Yoga, mas na maioria das artes orientais, a respiração é o centro de todo início. No Yoga, respiramos dividindo nosso corpo em três partes.
Primeiro ajustamos nosso corpo, deixando nossas costas eretas e abertas. Depois inspiramos deixando o ar percorrer inicialmente a parte superior do peito, em seguida a parte do meio e fazendo o ar chegar ao umbigo.  Expiramos também pelo nariz, fazendo o processo ao contrário. Impulsionamos nosso abdome para dentro, levando o ar do umbigo ao meio do corpo, a parte superior do peito, soltando esse ar pelas narinas de forma devagar, a fim de expulsá-lo de forma lenta, retirando as toxinas de nosso corpo e de nossa mente.
Um exercício simples para começarmos a respirar melhor em momentos de tensão, angústia e ansiedade:
Sente-se de maneira confortável, encostando as costas na cadeira. Levante as costas, abra o peito, deixe o pescoço longe dos ombros e estes baixos e relaxados. O queixo levemente erguido e alinhado.  Braços soltos. Coloque o dorço da mão direita sob a palma da mão esquerda deixando as pontas dos polegares se tocarem suavemente. Deixe o rosto solto, sem tensão. Deixe o maxilar e os dentes relaxados. Neste momento não precisamos sentar em posição que chamamos de lótus ou meia lótus. Basta estar sentado.
Feche os olhos. Ao inspirar, mentalmente e lentamente conte o número um , para as duas primeiras partes da respiração e dois quando chegar ao umbigo.
O número três, bem longo e lento serve para expirar. No começo, isso pode dar um pouco de aflição porque estamos acostumados apenas a respirar até a primeira parte de nosso peito. Por isso no início faça cinco exercícios respiratórios e quando se sentir bem vá fazendo sem sentir o peito. Essa respiração,  chamamos de respiração interna, porque nos concentramos mentalmente e fisicamente de forma concentrada e não instintivamente. Esse exercício é o primeiro passo para iniciar alguns processos meditativos que em breve serão colocados aqui.
Até breve,
Priscila Guimarães.
Priscila Guimarães
Santo Corpo

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