A IMPORTÂNCIA DA MEDITAÇÃO

Gostaria de falar aqui sobre uma outra forma de meditação, diferente da que a maioria das pessoas conhece. Talvez você pense que a meditação exija muitas técnicas específicas, para que você possa praticá-las. Talvez você esteja pensando que a ascensão só se atinge com muita meditação. Bem, eu estou aqui para dizer que não é exatamente assim. Não atingi a minha ascensão praticando meditações, e sim, dedicando momentos para reflexões e absorção de conhecimentos, provenientes de nossa fonte interna da vida. Nunca pertenci a grupos, instituições, escolas iniciáticas, religiões ou linhas quaisquer de pensamento. Minha religião sempre esteve presente no meu coração. Sempre busquei dentro de mim, e sempre encontrei o que estava precisando. Sempre procurei me recolher em meu silêncio, e então, podia ouvir a voz do Pai falando em minha consciência. Como nos ensinou o Mestre Jesus, Deus, nosso Pai, está em oculto. Por isto devemos nos sintonizar com o oculto, com o silêncio interior, e lá então poderemos ouvir a voz sábia do Eu Superior, ou da Presença Divina que é o nosso Ser mais elevado. Tudo o que eu fiz, sempre, foi dedicar um tempo para mim mesmo, para que toda a energia elevada de minha identidade superior pudesse permear os meus corpos inferiores, o que levou inevitavelmente minha consciência a ascender de nível em nível, até então encontrar a mônada e realizar a fusão com a mesma.

Não quero, em hipótese alguma, dizer que a meditação é desnecessária. Quero dizer-lhe, sim, que você não precisa prender-se a nada que se transforme num ritual. A dança da transformação da alma na terceira dimensão exige flexibilidade de nossa parte. Se não permitimos que os nossos verdadeiros anseios interiores se manifestem, obrigando nós mesmos a uma disciplina rígida, esquecemos do verdadeiro sentido de estarmos aqui e o pior: bloqueamos completamente o nosso processo de ascensão. Podemos meditar, sim, mas penso que o ideal é variarmos as nossas meditações conforme as necessidades do momento. E se for o caso de não meditar, façamos então o que pede o nosso interior. Seguir a orientação interna é sempre o mais importante. Quase toda meditação verdadeira, surge espontaneamente dentro de nós. É o nosso próprio ser mais elevado que encontra em nossas consciências um brecha para que possa se manifestar. E através desta manifestação, muito aprendemos e, verdadeiramente, estamos entrando em contato com energias e entidades elevadas neste momento.

O que ocorre em muitos casos, é que o nosso Eu Inferior dirige a meditação, sendo que quem precisa ter o controle é o Eu Superior. Se não existe uma completa entrega para o Eu Superior, não pode haver uma meditação verdadeira. O mais importante, portanto, nem sempre é meditar. O mais importante é ouvir aquilo que o nosso eu mais profundo tem a nos dizer. A meditação é importante, sim, com toda a certeza. Especialmente nos níveis da terceira e quarta iniciações, a meditação exerce um papel muito importante. A invocação de energias elevadas acelera incrivelmente a circulação de energias pelos nossos corpos de manifestação. A meditação é importante especialmente para que possamos estabelecer o contato com o Eu Superior. Se este contato já existe, então, só precisamos deixar que o Eu Superior se manifeste. Pouco a pouco, começamos a estabelecer contatos com a Mônada, a Presença Divina EU SOU. A meditação também pode ser útil neste caso. Medite, sempre que desejar isto verdadeiramente.

Nunca se esqueça, de que a verdadeira oração do ser humano é a sua fé. Se você tem fé durante 24 horas por dia, então, podemos dizer que você está rezando 24 horas por dia. Se você não tem fé, mas reza durante 5 minutos todos os dias, você não está orando por um segundo sequer, na realidade. Lembre-se também da lei do “pedi e recebereis”. Você só tem na vida aquilo que pede, ainda que seja a nível inconsciente. Você pode pedir dinheiro, pode pedir um carro, uma mulher ou um homem, ou alguma ilusão qualquer. E você simplesmente terá, porque a lei ensinada por Jesus é infalível. Tudo o que pedimos, nós recebemos. Será que nós realmente estamos sabendo pedir? O segredo desta lei é de uma profundidade realmente incrível. O discípulo da luz que consegue compreender o imenso poder divino que possui em suas mãos, de fato, transforma-se num Deus na matéria, capaz de criar na realidade física tudo aquilo que desejar. Procure conscientizar-se de seu poder, que na verdade não é o seu poder, e sim o poder do Deus que você é. Esta é a sua verdadeira busca.


A CONSTRUÇÃO DO ANTAKARANA OU PONTE DO ARCO-ÍRIS

Nos livros do escritor americano Joshua David Stone, que compõem a Pequena Enciclopédia do Caminho Espiritual, esta questão é muito bem abordada. Recomendo enfaticamente que você leia estes livros, pois trazem esclarecimentos incríveis sobre muitos aspectos da ascensão.

A construção do antakarana ou ponte do arco-íris, é um trabalho gradativo que realizamos, na maioria das vezes, de forma inconsciente. À medida que começamos a realizar a integração dos corpos físico, emocional, mental e espiritual, começamos a construir uma ponte de ligação entre estes corpos. Uma outra definição para esta ponte, seria um canal. Este mesmo canal, quando é conectado ao corpo espiritual ou Alma, é o canal que nos possibilita ouvir a voz do Eu Superior, bem como canalizá-lo através do conhecimento intuitivo. Foi exatamente este o meu caso, quando escrevi o meu primeiro livro, O Eu Superior – Nosso Verdadeiro Mestre. Grande parte daquele material, especialmente os dois primeiros capítulos, foram uma forma de canalização constante do Eu Superior. Não me causou surpresa, de fato, verificar que com o tempo todas as verdades contidas naquele livro não se alteraram para mim. São realmente verdades eternas, transmitidas por uma porção maior de minha própria divindade.

Um fato interessante que eu gostaria de comentar, é sobre o nome “ponte do arco-íris”. Lembro-me de que em estágios mais avançados da quarta iniciação comecei a observar, através de um processo de vidência, freqüentemente, as luzes do arco-íris. Sentia de fato que os meus quatro corpos já estavam plenamente integrados, e esta sensação me fazia lembrar do arco-íris, de alguma forma. Cada cor do arco-íris, representa um dos nossos quatro corpos. É uma sensação difícil de se descrever. Quando a conexão entre os quatro corpos inferiores já foi estabelecida, sentimos uma sensação de grande paz interior.

A construção do antakarana ou ponte do arco-íris acontece naturalmente, mas existem alguns exercícios de meditação que podem auxiliar neste processo. Por isso recomendo a leitura dos livros de Joshua David Stone. São realmente ótimos, vale a pena.

LEANDRO PIRES