"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cientistas Avaliam Papel do Fogo na Mudança Climática


Carlos Cardoso Aveline


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O texto a seguir reproduz uma
mensagem mandada ao e-grupo
SerAtento no dia 25 de abril de 2009

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Amigos,


Não sabemos o que vai ocorrer ao longo do século 21 como desdobramento da atual mudança ambiental. Mesmo assim, é bom ficar atento desde já.

A notícia que reproduzo abaixo é interessante por um motivo singular.

Em “A Doutrina Secreta”, Helena P. Blavatsky afirma – citando escrituras de diferentes tradições de sabedoria – que os términos e os inícios de grandes ciclos de evolução terrestre (e humana) se dão através de renovações geológicas que são causadas, alternadamente, por água e por fogo. [1]

A mudança mais recente parece ter sido por água, conforme afirmam as numerosas lendas de dilúvio, que podemos ver nas mais diversas culturas tradições, e que têm uma relação direta e fácil de perceber com o continente perdido da Atlântida, mencionado por Platão em sua obra “Timeu”.

Por sua vez, a renovação por fogo implica prioritariamente vulcões e terremotos. Os terremotos, como se sabe, são causados pelo elemento fogo.

Na superfície terrestre, o excesso de dióxido de carbono (CO2) é uma forma de “fumaça”; e a queima e a destruição das florestas estão intimamente relacionadas com o processo integral de mudança pelo fogo.

Do ponto de vista evolutivo, tais mudanças cíclicas são formas objetivas de “virar a página” da história e renovar profundamente, e para melhor, o processo humano. Assim surge periodicamente a chance de “começar de novo”.

Vejam abaixo, pois, a notícia das recentes pesquisas científicas sobre a participação do elemento fogo na atual transformação planetária.

NOTA:

[1] Três referências ao fato de que a renovação geológica do planeta se dá alternadamente por água e por fogo estão em “The Secret Doctrine”, H.P.B., Theosophy Co., volume II, p. 617; p. 776 (nota ao pé); e p. 784. Na edição brasileira de “A Doutrina Secreta”, em seis volumes, vejam o volume IV, p. 186; p. 345 (nota ao pé); e p. 353, respectivamente. Na menção da p. 353, o tradutor usa a palavra “conflagração”, que significa “incêndio que se alastrou”.

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Aquecimento global é fogo

Data: 25 abril 2009
Fonte: http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=45165


O fogo aquece – e mais do que se imaginava. De acordo com um artigo publicado na edição desta sexta-feira (24) da revista Science, o efeito do fogo nas mudanças climáticas globais é mais profundo do que se acreditava e deve ser encarado com preocupação ainda maior do que a atual.

O artigo aponta o que a ciência sabe e o que desconhece a respeito do impacto do fogo na biodiversidade, clima e reservas de carbono do planeta e destaca que as queimadas ligadas ao desflorestamento são responsáveis por cerca de 20% do aquecimento global promovido pela ação do homem.

“O total pode aumentar em pouco tempo. Está muito claro que o fogo é um catalisador primário das mudanças climáticas globais. O artigo que escrevemos é um chamado à ação para que os cientistas investiguem e avaliem melhor o papel do fogo no sistema terrestre”, disse Thomas Swetnam, da Universidade do Arizona, um dos autores.

O texto é assinado por um grupo internacional de pesquisadores, entre eles Paulo Artaxo, professor titular e chefe do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, coordenador do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e ex-coordenador da área de geociências da FAPESP.

Os autores apontam que todos os episódios de queimadas e incêndios combinados liberam na atmosfera uma quantidade de dióxido de carbono equivalente à metade de tudo o que deriva da queima de combustíveis fósseis.

Os cientistas alertam que a capacidade do homem de lidar com o fogo pode cair no futuro, à medida que as mudanças climáticas alteram padrões de queimadas e incêndios. O risco, entretanto, é difícil de avaliar, uma vez que os fogos estão ainda precariamente representados em modelos climáticos globais.

Mas eles ressaltam que, na última década, incêndios de grande dimensão e difíceis de controlar ocorreram em todos os continentes em que há vegetação disponível, independentemente dos programas de combate a tais episódios desenvolvidos em diversos países.

“O fogo é obviamente uma das principais respostas às mudanças climáticas, mas ele não é apenas isso, ele retroalimenta o aquecimento, que alimenta mais fogos”, disse Swetnam. A fuligem liberada na atmosfera também contribui para o aquecimento.

Quando a vegetação queima, a quantidade de dióxido de carbono liberado aumenta o aquecimento global. Quanto mais incêndios e queimadas, mais dióxido de carbono é liberado e mais aquecimento é promovido. E, quanto mais elevadas as temperaturas no planeta, maiores são as chances de se ter mais fogo.

Os autores pedem que iniciativas como o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) reconheçam a importância do fogo nas mudanças climáticas e o integrem mais adequadamente em modelos e relatórios futuros.

“O fogo é tão elementar como o ar e a água. Nós vivemos em um planeta de fogo. Somos uma espécie do fogo. Ainda assim, seu estudo tem sido muito fragmentado. Sabemos bastante sobre o ciclo do carbono e do nitrogênio, mas muito pouco sobre o ciclo do fogo”, disse Jennifer Balch, do Centro Nacional para Análises e Sínteses Ecológicas em Santa Bárbara, Estados Unidos.

O artigo Fire in the Earth System, de David Bowman e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org. (Fonte: Agência Fapesp)

http://www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=683

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