"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Passaporte



Passaporte

Livro: Quem tem medo da morte?
Richard Simonetti

"Aprende a bem viver e bem saberás morrer." (Confúcio)

[...] Somos Espíritos eternos! Já existíamos antes do berço e continuaremos a existir após o túmulo! É preciso viver em função dessa realidade, superando mesquinhas ilusões, a fim de que, livres e firmes, busquemos os valores inalienáveis da virtude e do conhecimento, nosso passaporte para as gloriosas moradas do Infinito.

Difícil definir quando seremos convocados para o Além. A morte é como um ladrão. Ninguém sabe como, quando e onde virá. O ideal é estarmos sempre preparados, vivendo cada dia como se fosse o último, aproveitando integralmente o tempo que nos resta no esforço disciplinado e produtivo de quem oferece o melhor de si mesmo em favor da edificação humana. Então, sim, teremos um feliz retorno à pátria espiritual, como sugere o velho provérbio oriental:

"Quando nasceste todos sorriam, só tu choravas. Vive de tal forma que, quando morreres todos chorem, só tu sorrias!"







A Problemática da Morte



Livro: Suave Luz nas Sombras
João Cléofas & Divaldo P. Franco

O problema da morte reside na desimpregnação dos hábitos, das estruturas moleculares do corpo, principalmente quando largos são os anos da existência corporal.

Liberar-se de todo o complexo de fixações das experiências, nos painéis da alma, não constitui um sortilégio que se possa vivenciar de um para outro momento.

Viciações arraigadas, comportamentos dominadores, conduta automatista, criam reflexos condicionados no perispírito que, ao se ver livre da indumentária carnal, repete as sensações perturbadoras, gerando desequilíbrio.

Assim considerando, a morte alonga-se durante a libertação de todos os fenômenos biológicos a que o Espírito se encontrava imantado.

Por isso, nas faixas da perturbação, os Espíritos mais vinculados ao corpo experimentam sensações equivalentes às da matéria, transmitindo-as aos médiuns que, por conseqüência, passam, quando não educados, a sofrer-lhes a pertinácia, nascendo as obsessões físicas ou psíquicas.

No intercurso mediúnico, porém com finalidades terapêuticas, também os médiuns registram as mesmas sensações, impregnando-se daquelas que tipificavam o desencarnado antes do decesso tumular, no entanto, logo se liberam das mesmas.

Abençoado recurso, o da mediunidade, que concede diminuir-lhes as impressões grotescas, e que, após alguns instantes, são também eliminadas do aparelho mediúnico, restaurando-se a paz e o equilíbrio no instrumento da caridade.

Desejando servir, não se preocupem os obreiros da mediunidade com as sensações, às vezes, desgastantes ou perturbadoras, que experimentam antes, durante ou pouco depois dos fenômenos psicofônicos, perfeitamente naturais nas comunicações responsáveis e verdadeiros.




Diante da Morte


Livro: Pensamento e Vida
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier


Sendo a mente o espelho da vida, entenderemos sem dificuldade que, na morte, lhe prevalecem na face as imagens mais profundamente insculpidas por nosso desejo, à custa da reflexão reiterada, de modo intenso. Guardando o pensamento - plasma fluídico - a precisa faculdade de substancializar suas próprias criações, imprimindo-lhes vitalidade e movimento temporários, a maioria das criaturas terrestres, na transição do sepulcro, é naturalmente obcecada pelos quadros da própria imaginação, aprisionada a fenômenos alucinatórios, qual acontece no sono comum, dentro do qual, na maioria das circunstâncias, a individualidade reencarnada, em vez de retirar-se do aparelho físico, descansa em conexão com ele mesmo, sofrendo os reflexos das sensações primárias a que ainda se ajusta.

A morte nos confere a certidão das experiências repetidas a que nos adaptamos, de vez que cada espírito, mais ou menos, se transforma naquilo que imagina. É deste modo que ela, a morte, extrai a soma de nosso conteúdo mental, compelindo-nos a viver, transitoriamente, dentro dele. Se esse conteúdo é o bem, teremos a nossa parcela de céu, correspondente ao melhor da construção que efetuamos em nós, e se esse conteúdo é o mal estaremos necessariamente detidos na parcela de inferno que corresponda aos males de nossa autoria, até que se extingua o inferno de purgação merecida, criado por nós mesmos na intimidade da consciência. (...)

É por esta razão que morrer significa penetrar mais profundamente no mundo de nós mesmos, consumindo longo tempo em despir a túnica de nossos reflexos menos felizes, metamorfoseados em região alucinatória dedcorrente do nosso monoideísmo na sombra, ou transferindo-nos simplesmente de plano, melhorando o clima de nossos reflexos ajustados ao bem, avançando em degraus conseqüentes para novos horizontes de ascensão e de luz."

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