"Os sábios não se afligem nem pelos vivos nem pelos mortos. Jamais deixei de existir, nem tu, nem estes condutores de homens; nenhum de nós jamais deixará de existir no futuro" (Bhagavad-Guitâ)... Deus que está em toda parte, aqui se faz presente pela demonstração de amor!
"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Conheça o conhecedor e o conhecido
Quando você olha para uma flor: você sabe que é uma rosa. A rosa está lá e você está dentro. Algo de você chega até a rosa, algo de você é projetado sobre a rosa.
Alguma energia sai de você, vai para a rosa, pega a forma, cor e cheiro dela, e retorna e lhe informa que isso é uma flor rosa.
Todo conhecimento, o que quer que você conheça, é revelado por meio da faculdade do conhecer. Conhecer é sua faculdade. Conhecimento é reunido através dessa faculdade.
Mas conhecer revela duas coisas: o conhecido e o conhecedor. Sempre
quando você conhece uma flor rosa, seu conhecimento é metade se você esquecer do conhecedor
que está conhecendo-a. Então enquanto está conhecendo uma rosa três
coisas existem: a flor rosa – o conhecido; e o conhecedor – você; e o
relacionamento entre os dois – conhecimento.
Dessa forma o conhecimento pode ser dividido em três pontos: conhecedor, conhecido e conhecer. Conhecer é como uma ponte entre dois pontos – o sujeito e o objeto.
Geralmente seu conhecimento só revela o conhecido; o conhecedor
permanece oculto. Geralmente seu conhecimento é de mão única: aponta
para a rosa, mas nunca aponta para você. A menos que ela comece a
apontar para você, esse conhecimento lhe permitirá conhecer a respeito
do mundo, mas não lhe permitirá conhecer a respeito de você mesmo.
Todas as técnicas de meditação são para revelar o conhecedor. George
Gurdjieff usava uma técnica particular como essa. Ele a chamou de auto-lembrança.
Ele disse que sempre quando você estiver conhecendo alguma coisa,
lembrar-se sempre do conhecedor. Não se esqueça dele no objeto. Lembre-se do sujeito.
E então um milagre acontece: se você estiver cônscio de ambos, o
conhecido e o conhecedor, subitamente você se torna o terceiro – você
não é nenhum. Apenas empenhando-se em ficar cônscio de ambos o conhecido
e o conhecedor, você se torna o terceiro, você se torna uma testemunha.
Surge imediatamente uma terceira possibilidade – uma testemunha passa a
existir – porque como é que você pode conhecer ambos? Se você for o
conhecedor, assim você fica fixado num ponto. Na auto-lembrança você
move-se do ponto fixo para o conhecedor. Então o conhecedor é sua mente e
o conhecido é o mundo e você se torna um terceiro ponto, uma consciência, um eu testemunha.
O terceiro ponto não pode ser transcendido, e aquilo que não pode ser transcendido é o definitivo.
Osho, em "The Book of Secrets"
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