Num dia como o de hoje impossível não falar de saudade.Parece que atá a natureza chora, pois a chuva tão desejada resolveu dar o ar da graça aqui no sertão. Ela vem de mansinho, fininha, como a dor que toma os nossos corações.
Fazendo a conta dos entes queridos que perdi ultimamente, se eu fosse ao cemitério, teria que fazer uma verdadeira via-sacra por todo o dia... Mas, lá, não vou. Porque aqueles que tanto amei não mais estão lá. Lá estão os seus restos, comidos pelos vermes, mas que merecem sim todo o respeito, pois foram o instrumento precioso com que lutaram e amaram neste plano físico.
Ah, a minha lista é tão grande, tão grande como esta saudade que me oprime o peito. Pai, filho, avós, parentes e amigos tantos. Uma multidão de pessoas que muito amei, e amo, e que tão profundamente marcaram a minha vida. Cada um, em maior ou menor parcela, ajudou-me a ser o que sou. E sou grata a todos!
Ninguém passa por nós sem deixar sua marca. Nós nos lembramos deles não apenas pelo amor que sentimos, mas por um sorriso, um abraço, uma palavra em momentos estratégicos. Lembramos que choramos em seus braços, que pulamos de alegria juntos, que vibramos por cada vitória de um e de outro.
Ah, os nossos mortos!...Quem disse que mortos estão? Vivem dentro de nós enquanto o nosso coração bater! E vivem perto do Criador, em outras dimensões que à nossa limitada inteligência não é dado saber!...
Nós os entregamos ao Pai, com o coração partido, mas a confiança e a espernça que todos nós um dia estaremos juntos num mesmo "banquete" espiritual.
Fiquem em paz, seres do meu coração! Que Deus os tenha abrigado e que no mundo espiritual, vocês também se lembrem de nós, com o mesmo carinho e peçam ao Pai Maior para que jorre bençãos sobre nós e que conforte os nossos corações feridos!...
Maria Luiza
Nenhum comentário:
Postar um comentário