"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Reflexões Sobre o Nono Trabalho

 
 Reflexões Sobre o Nono Trabalho

O nono Trabalho nos aprofunda no conhecimento e desenvolvimento do Som, que é o Verbo, que nos leva à Verdade.

Os próximos quatro Trabalhos serão de caráter mais sutil, de modo que é aconselhável que aqueles que ainda não conseguiram absorver alguns dos aspectos dos Trabalhos anteriores deveriam continuar mais algum tempo a praticá-lo antes de começar o nono.

Os quatro primeiros Trabalhos se caracterizaram por atuarem na formação e desenvolvimento dos corpos do homem: o corpo mental, o emocional, o físico e o intuitivo.

Os quatro seguintes, na tentativa de resolução dos conflitos humanos que culminaram no oitavo quando nos é proposto resolver o pântano do subconsciente. Essa resolução atinge o auge quando se elevou a Hidra no oitavo Trabalho onde o material espúrio ali contido foi purificado.

E agora, nos quatro próximos, prepara-se o destino espiritual do homem. Já agora no nono, a elevação é fundamental para se perceber a Verdade e emitir o som adequado. Observemos que apesar de também haver um pântano no mito, o herói não necessita fazer movimento ascencional para escapar da sujeira, mas apenas ficar em silêncio e intuir. Por isso, é necessário que o ensinamento do oitavo Trabalho já tenha sido absorvido pelo estudante.

O primeiro, o quinto e agora, o nono Trabalho também guardam relação entre si. Os três trabalham aspectos do plano mental, cada um num determinado nível de amplitude. No primeiro enfoca-se a mente inferior, no quinto, a mente superior e no nono, a Mente Universal.

Notemos que os pássaros ameaçam com seu coro de vozes dissonantes, barulhentas. Atitude correspondente aos nossos pensamentos maledicentes e nossas falas supérfluas e geradoras de intrigas. A saída é encontrada no silêncio que Hércules assume antes de perceber que um som supra-humano de címbalos é capaz de desvitalizar a dissonância dos pássaros.

A humildade também é chave neste momento pois, sem ela, não há como reconhecer a Grande Verdade. A humildade também é requisito fundamental para perceber que a Verdade se encontra distribuída na multiplicidade das formas, de modo que cada ser possui também uma parte dela. O estudante pode pesquisar esse material em cada ser com quem se relaciona, respeitosamente. A maioria dos conflitos humanos seria resolvida com essa proposição. O herói torna-se inofensivo. Lembremos que inofensividade não significa submissão assim como silêncio não é mutismo. Silêncio é o som da Verdade e inofensividade requer grande determinação.

Sagitário, signo correspondente, é representado por um centauro com arco e flecha. A flecha que aponta a direção e esta direção é a luz como nos ensina o mito. Ao seguirmos esta direção proposta, encontraremos a Verdade libertadora. Júpiter rege Sagitário e simboliza a Grandiosa Verdade apontada pela flecha.

A aplicação prática sugerida propõe a busca da verdade por meio da identificação das orientações, das setas da vida. Procurar, com atenta observação externa e interna, o caminho para onde a vida quer nos levar e usar o silêncio e o som para empreendê-lo. Silêncio, ou som sintético, nos orientam para uma economia de palavras desenvolvendo a objetividade na fala e na atitude, o que nos protege dos desvios indesejados do caminho.

A oração pela aspiração para que a verdade de nossa vida nos seja mostrada são essenciais.

Silêncio e som. Som como silêncio na medida certa e sábia, ou a utilização da palavra justa, da manifestação da verdade através das palavras. O Verbo na fala. Purificamos a qualidade do som à medida que buscamos a Verdade.

http://www.reocities.com/HotSprings/9292/reflex9.htm

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