"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."

domingo, 9 de setembro de 2012

continuação ... O ESPÍRITO DE DUAS OBRAS


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“Que coisa é a Verdade?” - João, cap. 18.

A Revelação ensinaria, como sempre ensinou, sobre isto - Essência, Existência,
Movimento, Imortalidade, Evolução, Responsabilidade, Reencarnação, Revelação,
Habitação Cósmica e Finalidade Sagrada.

Eis as chaves do conhecimento da Verdade que livra. Eliminando porém a
Revelação, começaram a vingar ignorâncias e erros, simulacros e fingimentos, vindo
homens fantasiados ou apalhaçados a se apresentarem como se fossem ministros de
Deus. Como dissera o humilde pescador, que jamais pensara em papismo algum, o cão
volvera ao vômito e a porca, lavada, de novo se revolvera no lodaçal. Jesus vira o
Consolador desaparecer, engolido pela besta apocalíptica, que se levantara na cidade
dos sete montes.

E a Humanidade entrara para a ignorância e a treva.

E a pergunta de Pilatos ficara de pé, até Elias retornar, e, com o nome de
Espiritismo, restaurar o Caminho do Senhor.

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“Espírito Santo” - Bíblia

Não seria Jesus o derramador sobre a carne do Espírito Imundo. Mas sim do
Espírito de Luz, Santo, Bom, de Verdade ou Consolador. Todavia, o adjetivo SANTO
serviu para os corruptores mentirem, adulterarem, apresentando um Deus dividido em
três, a fim de poderem liquidar a Revelação, a comunicação dos anjos, espíritos ou
almas. Nos textos originais o ADJETIVO não se encontra quase, e jamais é encontrado
para significar um Deus repartido, e sim a comunicação do Espírito Mensageiro.

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“E havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e
falavam em diversas línguas, e profetizavam” - Atos, cap. 19.

Aquele Espírito Santo era imediato, prático, tangente, verdadeiro, normal,
consolador, cheio de graças e sempre pronto a servir, a cumprir o seu dever, de acordo
com a Promessa do Velho Testamento e as palavras de Jesus. Os Atos e as Epístolas
repetem centenas de vezes o acontecimento, pois em seguida ao Pentecostes, a
comunicabilidade dos espíritos, anjos ou almas, era o prato do dia... Todavia, os
adulteradores romanos inventaram um Espírito Santo que não aparece, não fala línguas
diversas, não profetiza, não cura, nada sabe e aprecia idolatrias, simulações, contínuas e
intensas traições aos Mandamentos da Lei de Deus.

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“Caríssimos, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de
Deus...” - I Ep. de João, cap. 4.

Aqui está certíssimo, porque espírito de Deus reflete a perfeita interpretação, no
consenso popular. De Deus, Santo, Bom, de Verdade, etc. Tudo aquilo que signifique
qualificação por discernimento.

Como os Atos e as Epístolas provam, o prato do dia, em seguida ao Pentecostes, era
a comunicabilidade dos espíritos, almas ou anjos; e o Apóstolo João cuidou de alertar os
cultivadores do Consolador, para o devido discernimento dos espíritos comunicantes.

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“E sobre os dons espirituais, não quero, irmãos, que vivais em ignorância. Sabeis
que, quando éreis gentios, concorríeis aos simulacros mudos, conforme éreis levados”
- I Ep. Coríntios, cap. 12.

Paulo enumera, nesta parte da sua vastíssima obra epistolaria, as nove
manifestações mediúnicas fundamentais, ou conhecidas naqueles dias: Sabedoria,
Ciência, Fé, Curas, Milagres, Profecia, Discernimento dos Espíritos Comunicantes,
Línguas Diversas, Interpretação ou Direção de Trabalhos.

Era o cumprimento da profecia, de que a Revelação se tornaria ostensiva, e os
sonhos, as visões, os sinais e os prodígios tornar-se-iam comuns; era o Batismo de
Espírito, trazido por Jesus, à custa de Sua vida, que transformaria a Humanidade pelo
Conhecimento; era, para todos os elementos do Caminho, o fim da brutalidade, do
materialismo, da negação de Deus, dos clericalismos despóticos.

Essa esperança Roma frustrou, inventando o catolicismo no quarto século,
invadindo a Humanidade com as suas simulações e com a sua Inquisição, a arma
terrível com que protegeria as suas blasfêmias contra a Moral, o Amor e a Revelação.

Quem ler este capítulo, confronte-o com o dois do Livro dos Atos e com os
quatorze, quinze e dezesseis do Evangelho segundo João, porque Paulo, aqui, nada mais
faz do que explicar o que seja o Consolador, o Mediunismo, a Revelação tornada
pública através de Jesus, o Cristo.

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“As coisas ocultas do seu coração se fazem manifestas, e, assim, prostrado com a
face em terra, adorará a Deus, declarando que Deus verdadeiramente está entre vós.”
- I Ep. Coríntios, cap. 14.

Assim eram os Santos Espíritos que ensinavam naqueles dias, dando provas do
Batismo de Revelação, convencendo a todos através de fatos mediúnicos. Neste
capítulo, onde Paulo ensina a fazer sessões mediúnicas, pode-se dizer que se concentra
o Néctar do Profetismo, porque este capítulo concretiza a Promessa feita através dos
Profetas, demonstra a Graça da Revelação trazida a toda a carne por Jesus e ensina o
Molde das Sessões, cópia exata do Pentecostes.

A Igreja de Deus, como diz Paulo no capítulo quinze, de quem fora ferrenho
perseguidor, era a expressão dos três sentidos da Lei de Deus; era o cultivo simples da
Moral, do Amor e da Revelação totalmente anticlerical, totalmente antiidólatra,
totalmente a favor da Linha Mestra, feita à base do Saber e da Virtude.

Havendo Roma atraiçoado o Batismo de Espírito, o Saber, a Virtude e a Revelação
desapareceram da Terra, chafurdando a Humanidade na negação, no materialismo e na
brutalidade.

O protestantismo, não sendo catolicismo nem a Igreja Restaurada, é, entretanto,
fábrica de discursozinhos falazes e de blasfêmia contra o Batismo de Espírito. Isto se
explica muito facilmente, pois tendo havido necessidade de preparar os alicerces da
Restauração, antes de vir Elias como Kardec, para trazer de novo o Consolador, foi
preciso que viessem Wicliff, Huss, Joana D'Arc, Lutero e Giordano Bruno. E aqueles
que não têm conhecimento de causa, tomam os primeiros passos pela caminhada toda...

Se fosse para não haver a grande eclosão mediúnica do Pentecostes, a grande sessão
pública de Espiritismo, também não precisaria vir Jesus à carne.

E, portanto, se não fosse para ser arrastado de novo, o Consolador para o seio da
Humanidade, também não havia necessidade de virem os Missionários da Restauração.

Para ficar em letras e discursozinhos falazes, que nada provam das verdades
fundamentais do Profetismo, poderia ficar sossegada a besta apocalíptica... Saiba, quem
tenha vontade de saber, que por PALAVRA DE DEUS sempre foi tida a Revelação, o
Instrumento Divino de Informação, conforme disse Jesus no capítulo dezesseis de João:

“E quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos ensinará todas as coisas....”

Os modernos Nicodemos, que querem ser Mestres quando nem sequer servem para
bons discípulos, por isso mesmo fazem berreiros sobre a pessoa de Jesus, enquanto
blasfemam contra o Espírito de Verdade, nome das Falanges Mensageiras do Senhor.

A Humanidade terrícola ainda é apenas um capítulo da História do Ridículo, pois
não existe nela erro algum que se não queira impor em nome do Acerto, nem ignorância
alguma que se não queira impor em nome do Conhecimento. Seus arautos querem mais
ensinar a Deus do que aprender com Deus...

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“Voltou o cão ao que havia vomitado, e a porca lavada tornou a revolver-se no
lodaçal.” - Segunda Ep. de Pedro, cap. 2.

O humilde pescador, que tantos testemunhos dera do Batismo de Revelação, como
se encontram registrados nos capítulos um, dois, sete, dez e outros, dos Atos, bem fizera
em dizer que isso aconteceria. O Caminho do Senhor, nome da Doutrina Excelsa
deixada pelo Cristo, durou até trezentos e vinte e cinco, tendo a seguir sofrido
corrupção, até mesmo completa liquidação. Para cúmulo da aberração, falsificaram os
documentos e fizeram questão de impor a blasfêmia contra a Revelação em nome de
Pedro, ele que em Atos, capítulo dois, fora o primeiro a proclamar Jesus como sendo o
derramador do Espírito sobre toda a carne, como sendo o Celeste Executor daquela
Promessa feita em Joel, capítulo também dois, e de outras dezenove afirmações do
Velho Testamento.

Pobre Pedro! Há dezessete séculos que, montada a besta apocalíptica sobre a cidade
dos sete montes, conspurca a Excelsa Doutrina do teu Amado Jesus, fundamentada nos
três sentidos da Lei, e o faz em teu nome.

Pobre Pedro! Tu que te fizeste crucificar de cabeça para baixo, por te julgares
indigno de o ser como Jesus, por quanto tempo ainda verás que homens apalhaçados,
vergados ao peso de mil e uma idolatrias e blasfêmias, em teu nome cometem todos
esses crimes, induzindo a Humanidade a cometê-los também?

Humilde servidor de Jesus! Equipa as tuas legiões amigas e batalha contra o
monstro corruptor. Proclama à Humanidade que a Doutrina do Mestre é um misto de
Sabedoria, Virtude e Revelação. Brada aos homens, teus irmãos, que a libertação das
almas deriva de uma inteligência lúcida e de um coração referto de bondade. Exclama
que jamais foste um traidor do Batismo de Espírito, um fabricante de paredes frias, paus
e pedras surdos e mudos, porque foste, no dia de Pentecostes, o primeiro a levantar a
voz como testemunha da Graça da Revelação, trazida a toda a carne por Jesus-Cristo.

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Para eliminar o Batismo de Revelação foi lançado um Édito, afirmando ser coisa de
Belzebu a todos os fenômenos mediúnicos ou proféticos.

Vide o Livro: CONFISSÕES DE UM CORRUPTOR. Saiba como corromperam a
Doutrina do Caminho do Senhor.

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“Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas...” - Apocalipse,
cap. 2.

Igreja é palavra grega e quer dizer ajuntamento de pessoas; pessoas reunidas são
pessoas em igreja. Não confundir jamais igreja com templo.

Lendo com inteligência o capítulo dezesseis de João; lendo com inteligência o
capítulo doze da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios; lendo com inteligência o
capítulo quatorze da mesma Carta, qualquer pessoa saberá que o texto acima
corresponde ao cultivo do mediunismo ou das sessões espíritas.

Como a Lei concita à Moral, que harmoniza e dignifica; ao Amor, que sublima e
diviniza; e à Revelação, que adverte, ilustra e consola, é muito fácil compreender o que
dizem os Bons Espíritos.

Cometem grave erro aqueles que desprezam o Saber e a Virtude, para irem comprar
simulacros aos homens apalhaçados que se qualificam a si mesmos como se fossem
ministros de Deus. Ministro de Deus, em verdade, é todo aquele filho de Deus que
cumpre a Lei. E no caso do ministério exclusivamente espiritual, pelo fato de estar o
Espírito repartido, porque só Jesus o teve Sem Medida, é normal que o ministro das
coisas espirituais seja o Profeta, nunca porém o homem fantasiado e criado pela
corrupção romana do quarto século.

O Profeta, como era chamado antigamente, ou o Médium, como agora se chama,
estará sempre obrigado ao discernimento dos espíritos; porque há guias que nada mais
fazem do que desguiar... Em verdade, onde começa a faltar o Bom ou Santo espírito, ali
começam a aparecer os discursozinhos falazes, as idolatrias, os fingimentos, os
formalismos, etc., etc.

Fica aqui repetido, mais uma vez - o espírito é mais do que mundos, formas e
transições. Deverá usar tudo, porém nunca se subordinar a nada do que seja formal e
transitório. Jesus foi posto como Divino Modelo, pelo fato de a Lei de Deus carecer de
Exemplo Vivo; e se Ele, de início, disse que vinha para viver a Lei e não para derrogála,
que o Profeta ou Médium faça o mesmo.

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“Fora daqui os cães, e os que dão veneno, e os impudicos, e os homicidas, e os
idólatras, e todo o que ama e obra a mentira” - Apocalipse, cap. 22.

Se os homens, mormente aqueles que pretendem ser arautos da Verdade, tivessem
sempre em mente que a Deus bem se respeita vivendo o Saber e a Virtude, por certo que
eles, por pouco inteligentes que fossem, compreenderiam bem o texto acima. E o
Profeta ou Médium, a quem cumpre bem discernir os espíritos comunicantes, tanto mais
é devido saber analisar sua conduta.

Se é certo que alguns homens se fantasiam e se revestem de liturgias e de
simulações, por isso mesmo querendo passar por ministros de Deus, também é certo que
muitos Profetas ou Médiuns nada mais fazem do que executar a vontade dos espíritos
menos dignos, dos elementos da mais baixa condição astral.

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