"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."

domingo, 23 de setembro de 2012

continuação ... O ESPÍRITO DE DUAS OBRAS


- 257 -

A BESTA E A RESTAURAÇÃO

Sofre a Terra, choram as almas, há luto,
Invadem o mundo, cobrem-na as inquietações!
Roma profana a Revelação, age a seu muto,
Blasfema do Espírito, urde suas maquinações!
Prostrado o Cristo, em Seu Augusto Batismo,
Vicejam idolatrias, animalismos, podridões;
Roma alarga o crime, é centro de vandalismo,
Elimina e quebranta, a Luz das Revelações.
No Céu em tempo, Jesus ordena restaurar,
E descem à carne, as almas de eleição;
Trazem o celeste encargo, de começar,
De cavar alicerces, para a Codificação.
Wicliff na Inglaterra, estuda e brada,
Enquanto João Huss, pensa na renovação;
A Checoslováquia freme, gente revoltada,
E o Consolador começa, ali a ter brandão.
Marcham os ideais da Verdade, Lutero vem,
E conseguindo o livre culto, traz alegria;
Traduz a Bíblia, expande-a mundo além,
E o Novo Pentecostes, dentro em breve seria.
João Huss volta à carne, em prosseguimento,
Para fazer o trabalho, de ensinos codificar;
A Codificação é o extrato do Novo Testamento,
Feito à Luz do Consolador, Instrumento de Informar!
A Luz que no Pentecostes Jesus fizera jorrar,
O sistema de reunir, que Paulo tanto expandira,
Elias em Kardec, fizera estuante retornar,
E vigorar triunfante, como jamais o mundo vira.
A perversidade humana, cópia da crucificação,
Tudo fez e tudo faz, para crucificar a renovação;
Mas quem a defende é Jesus-Cristo, o Seu fautor,
Porque Ele morreu na cruz, para legar o Consolador!
Quem por despeito, não quiser aceitar a Codificação,
Que fique com o Livro dos Atos, em fiel interpretação;
Como na Primeira de Coríntios, quatorze, faça reunir,
E daquele modo, os espíritos de Deus se farão ouvir.
O que importa é não blasfemar do Batismo de Jesus,
Que foi e é do Céu, por ser a própria Revelação;
Porque a ela chamavam - Palavra de Deus, e na cruz
Jesus lhe deu, para todo o sempre, Sua homologação.

- 258 -

“Ele salvou aos outros, a si mesmo não se pôde salvar.” - Marcos, cap. 15.

De encarar o Céu pelos visos da Terra, muita gente é capaz; mas de encarar a Terra
pelos visos do Céu, isso já é muito diferente. Aquele que veio para ser o Modelo
Crístico, ou de já ser acima de mundos, formas e transições, não estava ali, pregado
numa cruz, pelo fato de não poder contra ela ou contra o mundo; estava, isto sim, para
ensinar o caminho da Renúncia, do Perdão e dar ao mundo o grande ensino da
Imortalidade e da Comunicabilidade dos espíritos.

Primeiro Jesus atraiu a opinião do mundo sobre si, pelas profecias que a Seu
respeito se fizeram, em trinta e seis séculos, e pelo fato de dizer Ele que era o Cristo ou
Messias; depois pela Sua Vida cheia de portentosos fenômenos mediúnicos,
erradamente tidos como milagrosos; a seguir, pela tremenda perseguição do clero contra
Ele, envolvendo as autoridades romanas; logo mais, pela ruidosa crucificação, que
abalou Israel; em seguida, a ressurreição espiritual; e finalmente o comparecimento por
onze anos a fio, depois de haver derramado o Espírito sobre a carne, que foi a Sua
função missionária.

Morrer em uma cruz, diante daquele povo, cuja história foi traçada sob o
profetismo ou mediunismo, e mediunismo que sempre foi perseguido e trucidado pelos
clérigos, era tão importante como o nascimento, a ressurreição e o grandioso
acontecimento do Pentecostes. A cruz foi o berço do Seu retorno como espírito, foi o
preâmbulo do Batismo de Revelação, que teria feito a espiritualização da Humanidade
em dezenove séculos, se em Roma, no quarto século, não tivesse sido erguida a besta
apocalíptica, para eliminar o mesmo Batismo de Espírito.

Os homens fingidos e hipócritas passaram diante da cruz, lançando ao Divino
Molde as suas blasfêmias; o Pai Divino, entretanto, fê-los conhecer mais tarde a
significação da cruz, colocando o Seu Messias no píncaro da História. E nós sabemos
que tudo em Cristo irá aumentando, com o aumento da evolução dos terrícolas, com a
integração de cada um no Grau Crístico, fato que não poderá falhar, custe mais ou custe
menos, seja feito na Terra ou em qualquer Planeta.

A cruz não foi o fim, foi o começo! Não é a Luz que desaparece no regaço das
trevas; as trevas é que desaparecem no regaço da Luz! Pelos séculos afora, Seus algozes
foram reencarnando, ressarcindo as culpas, aprendendo a amar o Caminho, a Luz e a
Vida; e a Vida, a Luz e o Caminho, jamais afastaram um milímetro a Sua posição, mas
ficou inamovível, perene e glorioso, aguardando o reconhecimento de cada arrependido.
Seus braços, abertos na cruz, continuaram e continuarão abertos, para todos aqueles que
se fizerem penitentes, simples e humildes. A feliz diferença, é que a tortura se converteu
em Glória, porque a morte se transformou em Vida!

- 259 -

“Tomai exemplo de mim, que sou manso e humilde de coração.” - Jesus.

Tomaram os homens a Jesus, mas como objeto de maquinações idólatras, de
comercialismos pagãos, de manobrismos políticos os mais degradantes. Ele nasceu para
exemplificar a Lei, que concita à Moral, ao Amor, à Revelação, ao Saber e à Virtude.

Onde estão os governos e as religiões oficiais que procuram dar conta de semelhante
obrigação?

- 260 -

“Sai daqui, e vai para a Judéia, para que também teus discípulos vejam as obras
que fazes. Porque ninguém que deseja ser conhecido em público obra coisa alguma
em secreto; já que fazes estas coisas, descobre-te ao mundo.” - João, cap. 7.

Primeiro: Quando José desposou Maria, era viúvo e pai de sete filhos. Como Jesus
fosse concebido por mediunismo ou inseminação mediúnica, José a não conheceu, antes
que Jesus nascesse. Depois Maria teve mais quatro filhos, sendo que Tiago, o Menor,
era irmão de Jesus.

Segundo: Que Jesus, por esse tempo, já tinha estado no Cenáculo do Mar Morto,
estando com os Seus dons Sem Medida expostos; obrava sinais mediúnicos
maravilhosos, o que motivava os comentários dos irmãos. Cumpre saber que Jesus
deixou o Cenáculo com um acompanhamento de setenta discípulos, dentre os quais
escolheu doze, para honrar as doze tribos de Israel. Desejou, com isso, reunir as tribos e
prepará-las para o ministério do Consolador, o que infelizmente não aconteceu, por
causa da guerra que lhes moveu o clero. Se Israel tivesse compreendido o Cristo, o
derramador de Espírito, anunciado por todos os Profetas, nenhuma Roma jamais poderia
ter eliminado a Doutrina da Moral, do Amor, da Revelação, do Saber e da Virtude, para
implantar o seu imperialismo idólatra e blasfemo.

Terceiro: Nenhum dos irmãos de Jesus poderia saber em que pé as coisas iriam
ficar; porque no devido tempo tudo iria acontecer, como aconteceu, para com Aquele
que tinha o Espírito de dons e sinais Sem Medida, tendo portanto os anjos, espíritos ou
almas, subindo e descendo sobre a Sua cabeça. Para um acontecimento ser bem
reconhecido, preciso se torna que tenha tradição, que seja conhecido pelos que
observam o acontecimento. Como poderiam eles saber dos poderes de Jesus, e dos
feitos de que viria a ser motivador, e das marcas que deixaria no mundo, se o Cristo lhes
estava completamente fora de órbita? Como julgar integralmente a um homem que, pela
primeira vez, produziria diante do mundo tais coisas? Porque é indiscutível que através
de Jesus, obrou Deus fenômenos ainda desconhecidos na Terra. Sua delegação
missionária abrangia extensões que o mundo, que a Humanidade ainda não pode
compreender. E, portanto, aqueles que quiserem analisar o Cristo, hão de Lhe ficar
devendo muitas insuficiências.

- 261 -

“Eu sou o pão vivo que desceu do céu.” - João, cap. 6.

Cristo não é nome, é grau. Jesus, o Cristo Planetário, veio representar na Terra o
próprio Deus, o Pai Divino. É a Síntese das Verdades, que por sua vez é a Verdade
Absoluta em expressão humana, para servir de Modelo, para significar a Sagrada
Finalidade a que todos estão por Deus destinados.

Em Jesus, portanto, a Moral, o Amor, a Revelação, o Saber e a Virtude, tinham toda
a expressão; mas destas verdades cada um irá sabendo perfeitamente, quando nelas for
penetrando, por evolução. O intelecto não basta para conhecer perfeitamente; para isso é
preciso viver. E viver, saiba quem quiser, só mesmo por evolução, pela integração em
um tal estado.

- 262 -

“Eu sou quem o conheço; porque dele sou, e ele me enviou.” - João, cap. 7.

Era preciso ter uma coragem de Cristo, para afirmar diante da gente pagã e bárbara,
apesar de se acreditar religiosa, que era o Cristo, que era o Messias, esperado desde
Abrão, o primeiro a profetizá-lo. Porque só vêem o corpo e não o espírito, observam o
exterior e não o interior.

Restariam os fenômenos maravilhosos obrados, não é isso? Mas para eles
arranjaram o diabo, designaram Belzebu!... No Talmud, livro de leis dos Rabinos, está
escrito que Jesus foi condenado na véspera da Páscoa dos Judeus, por Se ter entregue às
magias e sortilégios.

Observação: Na hora da Restauração da Excelsa Doutrina, cujo fundamento é o
Batismo de Espírito ou Revelação, que dizem os clérigos? Não dizem a mesma coisa da
obra de Elias, o Kardec Restaurador?

- 263 -

“Eis aqui o homem.” - Pilatos.

Saberia Pilatos, que o homem apresentado por ele, era de antes de haver o mundo
terráqueo, provando com isso as leis de evolução, de hierarquia e de reencarnação?

Saberia Pilatos, que o homem apresentado por ele, nascera por inseminação
mediúnica e se fizera homem adulto entre os Nazireus, às margens do Mar Morto, e que
dali saíra com ordens do mundo espiritual, para desempenhar a maior função jamais
levada a termo por homem sobre a Terra?

Saberia Pilatos, que o homem apresentado por ele, passara a vida expelindo maus
espíritos, confabulando com os bons, e que por fim batizaria em Revelação, para não
deixar órfã a Humanidade?

Saberia Pilatos, que o homem apresentado por ele, foi o único que morreu primeiro,
venceu a morte e retornou, para cumprir a Sua missão de derramador do Espírito sobre a
carne?

Saberia Pilatos, que o homem apresentado por ele, viria a ser o Exemplo da
Ressurreição final do espírito?

Saberia Pilatos, que o homem apresentado por ele, deixaria uma Excelsa Doutrina,
fundamentada na Moral, no Amor, na Revelação, no Saber e na Virtude, e que por isso
mesmo, jamais poderiam contra ela as portas da inferioridade?

Saberia Pilatos, que a Doutrina deixada por Jesus, viria a ser corrompida pela Roma
pagã e bárbara; que em seu nome fariam jogo político, maquinações infernais,
fingimentos e blasfêmias, simulações e comercialismos pagãos, com os quais
inundariam a Humanidade de ignorâncias e de erros clamorosos?

Saberia Pilatos, que mais tarde as coisas seriam repostas no lugar, com a volta de
Elias, e que a Doutrina reposta no lugar viria a ter o nome de Espiritismo, tendo os
mesmos fundamentos, a Moral, o Amor, a Revelação, o Saber e a Virtude?

E saberia Pilatos, enfim, que as clerezias corruptas, ainda uma vez mais fariam
guerra à Excelsa Doutrina, chamando-a coisa de Belzebu, assim mesmo como fizeram
com Jesus?

Claro que Pilatos jamais poderia saber isso, daquele homem que estava
apresentando, pois ele era apenas um espanhol, tido como pagão, contando com o
direito de cidadania romana e ali desempenhando a função de procônsul. Se os
sacerdotes, escribas ou teólogos, e os fariseus, que deviam saber das Escrituras, se
portaram do modo que se portaram, como iria ele, um pagão, saber fazer coisa melhor?

E hoje em dia, dezenove e meio séculos depois, como agem aqueles que se dizem
cristãos? Não vivem a fazer coisas muito piores, e em nome de Deus, da Verdade e do
Cristo, que é o Divino Representante? Sabem fazer outra coisa, que não sejam longos
discursos, simulações e idolatrias, rituais pagãos e blasfêmias contra o Batismo de
Revelação?

- 264 -

“E ele, quando vier, argüirá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo...” -
João, cap. 16.

“Assim que, exaltado pela dextra de Deus, e havendo recebido do Pai a promessa
do Espírito Santo, derramou sobre nós a este, a quem vós vedes e ouvis.” - Atos, cap.
2.

“As coisas ocultas do seu coração se fazem manifestas, e, assim, prostrado com a
face em terra, adorará a Deus, declarando que Deus verdadeiramente está entre vós.”
- I. Ep. aos Coríntios, cap. 14.

Primeiro texto: O que faria o Batismo de Espírito ou Revelação, uma vez que sua
função é advertir, ilustrar e consolar. O Consolador ou Espírito Santo, prometido pelo
Pai e trazido por Jesus, para toda a carne, jamais foi uma figura imaginária, ou a terça
parte de Deus, como querem os corruptores da Excelsa Doutrina. É a Revelação, a
comunicação dos anjos, espíritos ou almas, com o fim de informar diretamente e de
fato.

Segundo texto: A promessa cumprida, o Consolador em plena função, fazendo a
parte que lhe competia e competirá. Se os homens corruptos perverteram a Doutrina, no
tempo devido foi reposta no lugar e se chama Espiritismo. Todavia, quem ler o capítulo
dois do Livro dos Atos, verá que Jesus não prometeu o Consolador para vinte séculos
depois; porque o Consolador foi o Seu Batismo, a Graça que devia deixar e deixou no
mundo. O Espiritismo é apenas a sua Restauração.

Terceiro texto: Paulo, o Cavaleiro Andante do Consolador, da Revelação que
adverte, ilustra e consola, escreveu muito bem como se faz o seu cultivo; isto é, como se
faz uma sessão espírita, onde os santos espíritos não são apenas a palhaçada, assim
como querem os clericalistas romanos e outros, ao tratarem do Consolador ou Espírito
Santo.

Quando os religiosismos tiverem fim, a Verdade triunfará!

- 265 -

O ETERNO PRESENTE

Em Deus tudo é Eterno, Perfeito e Imutável,
Enquanto na Sua Manifestação, tudo é mutável;
A centelha espiritual é em si toda evolutível,
Devendo vir a ser, de Deus, expressão visível.
No movimentar do Cosmos sempre esteve, sabemos,
Fervilhando os mundos e as centelhas, lembremos;
Tudo é em Deus Eterno, sem Passado e sem Futuro,
E viver no Eterno Presente, já é do ser maduro.
Convém lembrar as Tradições Iniciáticas, e bem,
Para efeito de experiências acumuladas além...
Mas é necessário lembrar, que o Céu de Verdade,
Cada um o tem em si, e que nisso há simplicidade.
A Tradição que faz a Sabedoria, cuidado com ela,
Porque ensina o Bem e o Bom, mas cria a procela;
Faz o homem ferrujado, inventa o tardo e piegas,
Escravo de gestos e palavras, pensando ser o degas.
Ensinos e Templos, Tradições e Iniciações grassam,
Mas a Divindade Interior, elas nunca ultrapassam!
Viva o homem o Saber e a Virtude, e seja Harmonia,
Que Eterno e Presente é, no seio da Divina Sabedoria!
Busque o Programa que bem queira, segundo a Verdade,
Conforme as suas posses de assimilação, de capacidade;
Mas não olvide que a Divindade está no seu interior,
E que ali está o Templo Sagrado, para oficiar o Amor!
Moral, Amor, Revelação, Saber e Virtude, entendei,
Não datam de tempos e de eras, bem que vos lembrei;
Não foram e não são apenas agora, respiram Eternidade,
Estão dentro de vós, e em vós clamam para a Liberdade!
Desperta, portanto, ao Cristo Interno que aí jaz,
Que no Eterno Presente é, fazendo bem quem o faz;
Construa, homem, a sua Catedral Interna, com Amor,
Deixando que Deus viva em si, como fez Nosso Senhor!

- 266 -

“A tradição.” - Humanidade

Em Moisés temos a Lei de Deus e o primeiro batismo coletivo de Espírito ou
Revelação; e disse que o Senhor Deus suscitaria um Profeta, como ele, do meio do
povo, e que aquele que o não ouvisse, seria tirado do Livro da Vida; deixou, pois, o
caminho aberto à evolução doutrinária...

Jesus afirmou que tinha mais para dizer, e que não o fazia na hora, em virtude da
falta de entendimento dos Seus contemporâneos... O Consolador ou Espírito Santo, que
quer dizer a Revelação, iria fazendo, no curso do Tempo, as anunciações necessárias...

O Espiritismo ensina que a evolução é um fato; e nós bem sabemos que não é
possível dizer, ainda, certas verdades. Porque a semente lançada na terra fora de tempo,
além de ser perdida, demonstra a falta de prudência do agricultor...

Entretanto, e infelizmente, não faltam os que fazem da tradição o instrumento de
assassínio da evolução. Estes tais se apoderam de alguns conceitos, deles fazem dogmas
e rituais, e depois tocam a blasfemar contra tudo quanto seja evolução!

Tomaram o nome de Moisés, para crucificarem o Cristo; agora tomam o nome do
Cristo, para terem como querer crucificar a Restauração do Caminho do Senhor, cujas
bases são as mesmas! Quando aprenderão a ser prudentes?

- 267 -

“Porque do que está cheio o coração, disso fala a boca.” - Jesus.

Logo, é muito fácil saber porque falam contra a Moral, o Amor, a Revelação, o
Saber e a Virtude!

E ainda há coisas mais dificultosas, contra as quais falarão com tanto mais ardor, e
tudo por ignorância. Estas coisas são: Essência, Existência, Movimento, Evolução,
Imortalidade, Responsabilidade, Reencarnação, Revelação, Habitação Cósmica e
Sagrada Finalidade. Porque estas dez verdades básicas, para serem de fato respondidas,
reclamam a consciência de um espírito cristificado! Cristificado e que fale de fora da
carne, porque a encarnação é um verdadeiro embotamento!

- 268 -

“Não é o discípulo mais do que o mestre; mas o discípulo será perfeito, se o for
como o mestre.” - Jesus.

Os cristãos não podem ser ainda discípulos fiéis, porque mais pretendem ensinar ao
Cristo, com os seus dogmas e rituais, do que aprender com o Cristo, pelo conhecimento
da Excelsa Doutrina. Não querem Doutrina, querem religisiosismos!

- 269 -

“Foi ali que Jesus ministrou aos seus discípulos as últimas instruções sobre o
futuro da religião que acabara de fundar...” - G. I.

Já dissemos que o célebre Autor de OS GRANDES INICIADOS, ao tratar de
Jesus, cometeu erros enormes por desconhecer o que seja um Profeta portador do
Espírito Sem Medida, ou Médium Integral de Deus. Soubesse ele alguma coisa do
esperado derrame de Espírito sobre a carne; lesse com atenção os capítulos um, dois,
sete, dez e dezenove dos Atos; e também os doze e quatorze da Primeira Carta de Paulo
aos Coríntios, e nunca diria que Jesus fundou religião, ou que tivesse feito ainda em
vida!

Jesus retornaria como espírito, para testemunhar a imortalidade e a
comunicabilidade dos espíritos, e em seguida lavrar o glorioso tento que foi o
Pentecostes, como se encontra perfeitamente exposto no capítulo dois dos Atos. Se em
Jesus alguém quiser encontrar religião, esta será a Verdade conhecida e vivida, sem a
ingerência de clerezias, idolatrias, simulações e comercialismos pagãos.
Resta saber, ainda, que nenhum dos Grandes Iniciados fundou religião alguma,
sendo que estas surgiram depois deles, usando indevidamente seus nomes. Porque os
Grandes Iniciados cultivaram faculdades e virtudes, ensinando a cultivá-las, com o fito
de ir libertando as gentes das garras do fetichismo.
Em Cristo, por ser Cristo, Deus é Espírito e Verdade, sendo que os filhos de Deus
devem procurar ser isso, também, abandonando, pois, a tudo quanto sejam engodos,
simulações, fingimentos, nobiliarquias, etc. O Reino de Deus, que cada um tem dentro
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de si, e que não virá com mostras exteriores, como afirmou tantas vezes, virá como obra
de trabalho íntimo, ao trilhar os caminhos do Saber e da Virtude.
Os instrumentos doutrinários, por sua vez, são a Moral, o Amor e a Revelação. Esta
tríade nunca será escrava de manobrismos sectários! Esta rocha é totalmente acima de
engodos humanos! Porque as eras passarão, as raças e os povos, mas esta rocha ficará
para sempre, uma vez que é parte integrante das Verdades Divinas, que são Eternas,
Perfeitas e Imutáveis!
Pela Moral, ninguém falsifica a Lei de Deus, que em si mesma não sofre de lesão
alguma; pelo Amor, um irmão irá à Renúncia a bem de outro irmão, e isto é acima de
simulações e ritualismos quaisquer; pela Revelação, conhecerá as verdades
fundamentais da Criação, suas leis e fenômenos, fato que supera a toda e qualquer idéia
de manobrismos sectários; pelo Saber em geral, espiritual e temporal, os filhos de Deus
saberão que ninguém vive de mistérios, milagres, fingimentos e aparências, sendo exato
que tudo tem explicação, seres, coisas e fenômenos, mesmo que os mesmos filhos de
Deus possam não saber explicá-los; e pela Virtude, cada um procurará dar dignos frutos
pelo exemplo, procurando conhecer e ensinar bem, procurando fazer trabalho útil,
edificante, jamais desejando ser o parasita dos semelhantes, pelo fato de saber que Deus
não é especial para ninguém, e que ninguém é especial para Deus, porque Suas leis são
integralmente universais.
Cada qual, portanto, dará mais ou menos contribuição aos semelhantes, consoante
suas possibilidades evolutivas, considerando que nisto não vai favor ou esmola alguma,
por ser a lógica do Supremo Determinismo e Supremo Determinismo que se revela no
fato de provar que ninguém pode viver exclusivamente de seus exclusivos recursos
individuais. O Supremo Determinismo prova que uns dependem dos outros, sendo que
todos dependem de um Sagrado Princípio, que é Deus.
Aqui reside a multimilenária Consciência da Unidade, pregada por todos os
Grandes Iniciados e vivida exemplarmente pelo Cristo; quem isto de fato vier a
experimentar, ou conceber, jamais pretenderá que o Cristo andou pela Terra para fundar
religião ou seita. A Verdade que demonstrou é cósmica! O Caminho que indicou é
cósmico! A Vida que revelou é cósmica! A Ressurreição que demonstrou, por isso
mesmo a demonstrou em Luz, Glória e Poder, pelo fato de ser no Seio de Deus, que é a
Divina Essência, Onipresente, Onisciente e Onipotente.

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