"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Poluição pode causar até infarto em atletas de rua


Um dos momentos mais prazerosos
do dia para os praticantes de
atividades físicas é aquele em que
ele ganha as ruas e parques para
tirar a tensão de mais um dia de
trabalho. Porém, para os moradores
das grandes cidades, correr ou
andar de bicicleta ao ar livre requer
cuidado para evitar que o que faz
bem, acabe ocasionando algum
mal para a saúde.
A poluição é a grande vilã dos
esportistas nas grandes cidades,
segundo especialistas. Raul Santo
de Oliveira, pesquisador do Centro
de Medicina da Atividade Física e do
Esporte (CEMAFE) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),
afirma que muitas pessoas convivem e fazem suas atividades em
locais com grande concentração de poluentes, o que acarreta a
diminuição do rendimento e riscos para a saúde.
Segundo ele, o quadro se agrava ainda mais durante os meses mais
frios do ano. "No inverno, a situação é ainda mais grave devido às
condições meteorológicas desfavoráveis para dispersões de poluentes
à ocorrência de inversões térmicas. Os congestionamentos agravam
ainda mais as emissões colocando os praticantes de atividades físicas
em maior risco".
O médico Ubiratan de Paula Santos, pneumologista do Instituto do
Coração e presidente da Comissão de Doenças Ambientais e
Ocupacionais da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia
(SPPT), afirma que diversas pesquisas comprovaram o impacto
negativo dos poluentes na saúde da população dos grandes centros.
Segundo ele, cerca de 800 mil pessoas morrem por ano no mundo
devido à poluição nas ruas.
"Cronicamente, a exposição a estes resíduos prejudica o
desencolvimento pulmonar. As pessoas que fazem exercício têm
um dano ainda maior, pois respiram uma quantidade até 4 vezes
maior de oxigênio com poluentes do que aquelas que estão em
estado de repouso", afirma.
De acordo com o penumologista, os riscos são ainda maiores para
pessoas que tenham desenvolvido - ou, mesmo, que tenham a
predisposição para - doenças coronarianas e pulmonares. "Em
pessoas que tenham insuficiência respiratória ou cardíaca, asma,
enfizema, diabetes ou doenças cardíacas estabilizadas, a poluição
pode causar uma reviravolta no quadro clínico, chegando a causar
até mesmo infarto".
Cuidados
Ubiratan ressalta que o alerta sobre os riscos de se fazer exercício
ao ar livre não devem, nunca, desestimular os praticantes de
atividades físicas. "O ideal seria acabar com a poluição, mas como
sabemos que isto é muito difícil, aconselho as pessoas a tomarem
alguns cuidados, principalmentes nesta época do ano, quando
aumentam os resíduos no ar", afirma o pneumologista.
Segundo ele, no entorno das vias onde há maior movimentação de
carros se concentram os mais altos índices de poluição. "O ideal é
praticar exercícios em áreas longes destas avenidas. Para corredores
e ciclistas é preciso obedecer uma distância mínima de 100 metros
destas regiões".
Ubiratan ainda orienta os atletas a evitarem os horários de pico nas
grandes cidades - entre 7 e 9 horas da manhã e no período que vai
das 5 da tarde às 8 horas da noite. "Neste momento, o nível de
qualidade do ar é horrível. Poupe seus pulmões."
Outra dica interessante do médido, que serve para aqueles que
pensam estar mais protegidos dentro de uma academia, é saber
como é feito o sistema de renovação nos locais onde se pratica
exercício.
"Se uma academia ou ginásio não fizerem a manutenção correta
destes equipamentos, o efeito sobre a saúde dos alunos podem
ser ainda pior do que se se praticar uma atividade física na rua".
fonte: redação terra

Nenhum comentário:

Postar um comentário