"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."

sábado, 8 de setembro de 2012

continuação ... O ESPÍRITO DE DUAS OBRAS


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“E falou o Senhor a Gad, vidente de Davi, dizendo...” - I Paralipômenos, cap. 21.

“Porque aquele que hoje se chama profeta, se chamava então vidente” - I
Samuel, cap. 9.

O Velho Testamento repete, centenas de vezes, que o Senhor falou pelos videntes;
outras vezes diz que eram anjos do Senhor; Gabriel, anjo, espírito ou alma, anunciou os
dois nascimentos; Jesus tinha os anjos subindo e descendo sobre Ele; e de tudo isso se
revela que profeta ou médium, ou vidente e homem de Deus, quer tudo dizer a mesma
coisa.

Diz o refrão que o maior cego é aquele que não quer ver... Conseqüentemente,
quem é honesto e lê o Velho Testamento, compreende o que significam a Lei e os
Profetas - o Código de Conduta e os Arautos do Senhor.

Tomando em conta que Jesus veio para derramar do Espírito sobre a carne, como
estava prometido nos Profetas, isso quer dizer que Deus, através de Jesus, tornou a
Revelação, a Palavra de Deus, de caráter universal. O Pentecostes prova isso
cabalmente.

Entretanto, em trezentos e vinte e cinco, Roma inventou o catolicismo, para
blasfemar e ensinar a blasfemar contra o Batismo de Espírito. E o resultado, em quase
dezoito séculos de corrupção, é estar a Humanidade entregue ao mais desenfreado
materialismo, cavando seus abismos à custa de tantos erros acumulados.

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“Então lhe apareceu um anjo do céu, que o confortava” - Lucas, cap. 22.

“Que zelos são estes que mostras por mim? Quem dera que todo o povo
profetizasse, e que o Senhor lhe desse o Seu espírito” - Números, cap. 11.

Na hora de enfrentar a prisão, o julgamento, as aflições e a crucificação, Jesus teve
um anjo ou espírito para o consolar; e o Seu Batismo de Espírito ficou sendo o
Consolador. Moisés e os Profetas ansiaram por isso longamente. A Mensageiria Divina,
ou comunicação dos santos espíritos, nunca faltou na Terra nem em mundo algum. Mas
nos mundos inferiores, como por exemplo a Terra, os clericalismos tudo fazem para
blasfemar contra a Revelação, com o fito de sustentar o seu comercialismo idólatra. Em
um mundo como a Terra, onde homens fantasiados passam por ministros de Deus, pelo
simples fato de ensinarem simulações e idolatrias, é certo que guerras, pestes e fomes,
sejam a herança da sua Humanidade.

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“A vida divina é uma série de mortes sucessivas, nas quais o espírito rejeita as
suas imperfeições e os seus símbolos e cede à atração crescente do centro de
gravitação inefável - do sol da inteligência e do amor.” - G. Iniciados.
Sempre os mesmos fundamentos emancipadores - o Saber e a Virtude. Enquanto
isso se passa na esfera dos discípulos da Verdade, que acontece com os vendilhões dos
templos? Como tratam eles os três sentidos da Lei, que são a Moral, o Amor e a
Revelação?

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“Nenhuma, porém ultrapassa, em elevação moral, em altura e largueza
intelectual, a de certos hinos védicos, em que palpita o sentimento do Divino na
Natureza, do Invisível que a rodeia, e da Grande Unidade que reside em tudo.” - G. I.

O Védico-Budismo data de mais ou menos duzentos e quarenta mil anos; e toda a
sua grandeza deriva do Sagrado Monismo. O século vinte deu alguns místicos ou
pseudomísticos, muito maliciosos, capazes de copiar da Antigüidade certos conceitos, e
empregando uma terminologia pseudocientífica, para engodar as criaturas menos cultas,
querem passar por seus fundadores. É grande já, por esta altura, o número dos que
vivem tomando aqui e ali instruções e conceitos, fazendo muito mal feita obra de
compilação, mas querendo passar por criadores de conceitos.

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“Uma cabeça de homem sai dum corpo de touro com garras de leão, fechando
duas asas de águia sob os flancos. É a Ísis terrestre, a Natureza na unidade viva dos
três reinos.” - G. I.

A Esfinge representa os reinos da Natureza, através dos quais o espírito evolve e
atinge a Sagrada Finalidade - o grau crístico. Uma figura simbólica a filtrar a grande lei
das migrações por entre mundos, formas e transições, até a centelha se encontrar
absolutamente livre das garras materiais. Porque a Esfinge representa o espírito subindo
até à espécie hominal; depois, a Doutrina Secreta o faz compreender a caminhada, nas
trilhas do Saber e da Virtude, para se libertar de toda e qualquer inferioridade. A
Esfinge lhe demonstra a escalada até à conquista da razão; a Doutrina fá-lo reconhecer a
intuição, a penetração gradativa na Consciência da Unidade.

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“Eu vos batizo em água para vos convidar à penitência, ao arrependimento de
vossos pecados; ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo.” - Evangelho.

Até Jesus, o Cristo, a Doutrina Secreta prevaleceu; a Doutrina que assenta na
Moral, no Amor e na Revelação, estava de portas fechadas para o vulgo. Jesus veio abrir
as portas dos Cenáculos Iniciáticos, veio trazer o Pentecostes. Espírito Santo é o nome
da Mensageiria Divina, dos Santos Espíritos que se comunicam e guiam a Humanidade.
Fogo era o nome da Verdade, nas Iniciações Antigas. O maior crime da besta
apocalíptica, do catolicismo romano, foi blasfemar e ensinar a blasfemar contra o
Instituto Divino da Revelação, fundamento das Iniciações e alicerce do Caminho do
Senhor, do Cristianismo Iniciático que viveu, até Constantino fazer a corrupção. Vide os
Atos, capítulos um, dois, sete, dez e dezenove e tereis o Consolador em pleno
andamento, cultivado pelos Apóstolos.

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“Assim que, exaltado pela dextra de Deus, e havendo recebido do Pai a promessa
do Espírito Santo, derramou sobre nós a este, a quem vós vedes e ouvis.” - Atos,
cap.2.

O Velho Testamento diz, umas dezenove vezes, que seria derramado o Espírito
Bom ou de Deus sobre toda a carne; isto é, afirma que a Humanidade inteira viria a
constituir o Cenáculo Iniciático. Jesus foi o batizador ou derramador da Revelação sobre
a carne. Roma, em trezentos e vinte e cinco, liquidou o derrame de Revelação que Jesus
pagou com a Sua Vida, implantando o regime da besta apocalíptica, do mercenarismo
idólatra, mercenário e inquisidor, cometendo ainda o erro de fazê-lo em nome de Deus e
do Cristo.

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“Isto porém dizia ele, falando do Espírito que haviam de receber os que cressem
nele; porque o Espírito ainda não fora dado, por não ter sido ainda glorificado
Jesus.” - João, 7, 39.

Eis aí a razão de ser do ponto anterior, de dizer Pedro que Jesus herdou, com a
crucificação, o direito de ser o derramador do Espírito ou da Revelação sobre a carne.

Em vida, Ele apenas prometia o Pentecostes; mas quem ler os capítulos um e dois do
Livro dos Atos, sabe o que Ele deixou no mundo como Doutrina.

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“Quando porém vier o Consolador, aquele Espírito de Verdade, que procede do
Pai, que eu vos enviarei da parte do Pai, ele dará testemunho de mim.” - João, cap.
15.

“Eu tenho ainda muitas coisas que vos dizer, mas vós não as podeis suportar
agora.

Quando vier, porém aquele Espírito de Verdade, ele vos ensinará todas as
verdades...” - João, cap. 16.

Enquanto Jesus pagou com a vida o Batismo de Revelação, que muito bem está
expresso nos Atos, capítulos um, dois, sete, dez e dezenove; enquanto Jesus deixou o
Pentecostes em franco funcionamento, como está expresso na Primeira Epístola de
Paulo aos Coríntios, capítulos doze, treze e quatorze; enquanto isso tudo aconteceu, para
que a Humanidade fosse conduzida pelo exercício da Moral, do Amor e da Revelação,
que são os três inderrogáveis sentidos da Lei de Deus, que fez Roma, depois de
Constantino vencer Maxêncio e ter fundado o catolicismo? Aonde foram parar aquelas
reuniões simples, sem clerezias, sem homens fantasiados ou apalhaçados, sem dogmas,
sem liturgias, sem inquisições, sem imperialismos despóticos e sanguinários?

Jesus deixou o Consolador em funcionamento, para que, no curso dos tempos fosse
a Humanidade conhecendo aquelas verdades que Ele jamais poderia ter ensinado
naqueles dias. Estas verdades são, em síntese, as já expostas - Essência, Existência,
Movimento, Imortalidade, Evolução, Responsabilidade, Reencarnação, Revelação,
Habitação Cósmica e Sagrada Finalidade.

Havendo Roma atraiçoado o Batismo de Revelação, o Instituto Divino de
Informações, voltou Elias, conforme as profecias, na personalidade de Kardec, para
encabeçar a reposição das coisas no lugar, isto é, para restaurar o Cristianismo. E como
não há Evangelho sem Consolador, ou Cristianismo sem Batismo de Espírito, o nome
dado à Restauração foi - Espiritismo.

Sendo normal que Cristianismo é sinônimo de Lei Exemplificada, ao Espiritismo
cumpre ser, fundamentalmente, Moral, Amor e Revelação. Porque esses são os sentidos
da Lei, que Jesus viveu, para Se constituir o Divino Molde. Como Anunciador ou
Revelador, o Espiritismo salientará sempre o sentido Moral da vida, porque o Amor,
sem a Moral, pode não filtrar a Vontade de Deus. O Amor Divino, diremos, é Moral
Integral.

Quanto a Roma, ou quanto à besta apocalíptica, que em nome de Deus, da Verdade
e do Cristo, e também dos vultos cristãos, se transformou em horrenda fábrica de
blasfêmias, de idolatrias e perseguições ao Batismo de Revelação, ela terminará como
está escrito no Apocalipse.

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“A tua nação e os pontífices são os que te entregaram nas minhas mãos; que
fizeste tu?” - João, cap. 18.

A função missionária de Jesus fora cumprir a profecia, feita por séculos
consecutivos, do derrame de Espírito sobre toda a carne. A palavra DERRAME foi
traduzida por BATISMO, e isto deve ser bem entendido. Entretanto, as palavras de
Pilatos dizem sobre como foi Jesus tratado pelos papas do tempo e os fariseus. Ele, que
tinha o Espírito Sem Medida, e veio para em Espírito batizar, fora condenado como
feiticeiro ou fazedor de sortilégios. No Talmud assim se encontra escrito.

Embora tendo vencido, porque aos cinqüenta dias da crucificação voltara e realizara
o batismo, deixando o Consolador em pleno funcionamento, o fato é que, no quarto
século, tudo foi em Roma adulterado. O Livro dos Atos está cheio das mais esplêndidas
comunicações de espíritos, anjos ou almas; isto é, de grandes consolações daí advindas.

Aquela Mensageiria anunciada por Jesus, no capítulo dezesseis de João, ficou
funcionando no mundo, entre os do Caminho do Senhor.

Até trezentos e vinte e cinco não houve Cristianismo e sim Caminho do Senhor;
este era fundamentado na Revelação, na comunicação dos anjos, espíritos ou almas.

Vide as sessões, como eram feitas pelos do Caminho do Senhor, ou como as faziam os
Apóstolos e aqueles que vinham engrossando as fileiras do Caminho.

Vide nota, em OS GRANDES INICIADOS, sobre o que Roma fez, liquidando a
Revelação e mandando ainda destruir os Templos Iniciáticos das voltas do
Mediterrâneo, a fim de radicar a ferro e a fogo a tremenda corrupção. Todos deviam
curvar-se diante do poderio romano, e, para começar, deveriam fazê-lo através da fé,
que era o meio seguro, porque a confissão auricular se impunha pela Inquisição. O
Pentecostes desapareceu. O Consolador sumiu do seio de toda a carne. Em lugar de se
espalhar pelo mundo a certeza da imortalidade e da responsabilidade, espalhou-se o
mercantilismo idólatra, o dogmatismo simulador, a fantocharia despótica e sanguinária.

Elias voltaria um dia, para repor as coisas no lugar, para fazer a Revelação retornar
ao seio da Humanidade. No século quatorze Jesus ordenara o começo da trabalheira
renovadora. E num curso de quatro séculos e meio, vieram à carne antigos Profetas,
Apóstolos e demais servidores de Jesus, para a grandiosa obra de retorno ao mundo da
Excelsa Doutrina. Os cabeças do movimento foram Wicliff, Huss, Lutero, Joana D'Arc,
Giordano Bruno, Kardec, Denis, Delanne, etc., etc. Para o Brasil foi indicado, assim que
deixaram a França, o serviço de Consolidação. E foi assim que aconteceu no Brasil do
século vinte. Não queremos entrar em pormenores agora, mas a realidade dos fatos
prova o argumento.

Responda o leitor a Pilatos, pela pergunta que ele fez a Jesus, querendo saber o
motivo porque os papas e os fariseus queriam matá-Lo, porque realmente O mataram. E
respondam a si mesmos os que tiverem inteligência de entender, se Roma, pouco
depois, não faria ainda coisa muito pior.

Anás e Caifás, cumprindo ordens do Sinédrio e dos fariseus, mataram o corpo, de
onde ressurgiu glorioso o Espírito, para deixar o Pentecostes, a primeira sessão pública
do Caminho do Senhor. Roma procurou matar o Espírito, e o matou de certo modo,
fazendo desaparecer da Terra o Batismo de Revelação, que Lhe custara a primeira
morte. Eliminar a Revelação foi crucificar Jesus pela segunda vez!

E a Humanidade chafurdou na idolatria, no materialismo e no sensualismo, de onde
surgiram as coisas tremendas que os séculos dezenove e vinte hão de suportar, com
tremendas conseqüências para outros séculos adiante.

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