"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

continuação ... O ESPÍRITO DE DUAS OBRAS


- 288 -

“Presta aos deuses imortais o culto sagrado, guarda, em seguida, a tua fé.” - G. I.

Deuses imortais significa - As Falanges da Verdade.

No pitagorismo o píncaro da iniciação era a visão do mundo espiritual, a comunhão
com o mundo astral, o contato com o chamado mundo invisível. Por isso é que
encarreavam as palavras - vidência, clarividência e profecia.

No Cristianismo, as três potestades impassáveis são estas - O Único Pai Divino, os
Cristos Planetários e as Falanges Mensageiras. Na Terra são o Pai, o Filho Medianeiro e
o Espírito da Verdade ou Santo.

- 289 -

“Venera a memória dos heróis benéficos, dos espíritos semidivinos.” - G. I.

A vidência e a clarividência conduziam ao conhecimento pleno da imortalidade e
da comunicabilidade dos espíritos; e por assim ser, podiam os iniciados gozar o mundo
espiritual por antecipação.

Quem conhecer Pitágoras e Platão, logo compreenderá por que em seguida veio o
Cristo, para universalizar a Revelação.

E na Revelação tornada pública, conhecerá a Voz dos Profetas Hebreus, ao
qualificarem o futuro Batismo de Espírito, de Rio de Água Viva.

Jesus não poderia ter vindo antes. Porque mesmo vindo depois de tão sábias e
profundas lições preparativas, como receberam o Seu trabalho messiânico?

E não é assim que Roma o crucificou a segunda vez, no quarto século, liquidando a
Revelação, o Batismo de Espírito, para em seu lugar impor clerezias idólatras, políticas
sanguinárias e comercialismos pagãos? E o pior não é que fez tudo isso usando os
nomes de Deus, da Verdade, do Cristo e dos vultos cristãos?

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“A essa purificação da alma correspondia necessariamente à do corpo, que se
obtinha pela higiene e pela disciplina severa dos costumes. Vencer às próprias
paixões era o dever primário que a iniciação impunha. Aquele que não fez do seu ser
uma harmonia, não podia refletir a Harmonia Divina.” - G. I.

O Cristo, como Divino Molde, dá um Exemplo Vivo dessa verdade. Afinal de
contas, para o que veio Ele? Não veio para servir de Molde e para generalizar o cultivo
da Revelação?

Ele foi o Molde de Saber e de Virtude, elevado ao grau de sintonia com o Ser
Divino do Universo. Somente tais filhos do Pai Divino é que O podem refletir. A Lição
Divina, saiba-o quem quiser, é o próprio Cristo. E saibam também, por isso mesmo, por
que Jesus não escreveu.

Quem vive o Saber e a Virtude, a ponto de sintonizar com o Ser Divino, por certo
que não vai escrever, sabendo que palavras humanas jamais poderiam refletir tamanho
estado de celestialidade.

Continua a velha lição - A verdade não poderá ser dada por segundos ou terceiros.

Cada um terá que obtê-la por si mesmo ou nunca a terá.

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SIMPLICIDADE

Se o homem precisasse inventar Deus,
E a Ele inventando, a Criação também,
Sua obra por certo bradaria aos Céus,
Porque ao fátuo e ridículo diria: Amém!
Leis são apenas as de Deus, do Senhor,
Porque o homem apenas regrazinhas faz,
E quando as faz, a tudo unta com o bolor,
E untando assim mal, acredita-se um ás!
A Sabedoria está em tudo, é bem fundamental,
Foi Deus que a pôs, e livre bem que andaria;
Mas o homem, complicado, estulto, age mal,
Inverte a ordem e pensa que a Deus conduziria!
À Bondade não escuta, à Virtude não atende,
Que as leis simples vivem, perenes a concitá-lo;
Da Natureza, a grande lição jamais aprende,
E ao Deus que a fez como a ele, vive a criticá-Lo!
Não sabe, de si mesmo, quantos micróbios arrasta,
Não tem, de sua certeza, conhecimento certo;
Pensando ser Sábio, do bom Saber a si mesmo afasta,
E do Bem e Bom não trata, o Mal tem a descoberto!
Jesus, o Divino Mestre, não aceitou qualificação,
Quando de Bom O chamaram, indicando ser só Deus;
Entretanto o homem tardo, feito só de presunção,
Do Bem e do Bom não cuida, imitando os fariseus!
No Amor está patente a verdadeira Sabedoria,
E na verdadeira Ciência, vemos a pura Autoridade;
Do Amor faz o homem apenas medida de alegoria,
E pretendendo ensinar a Deus, protege a maldade!
Um dia aprenderá, que é dependente do Infinito,
Respeitará a vida simples, fará da vida o Amor;
As almas santificadas lhe falarão do Ser Bendito,
E no seio do Ser Bendito, estará com Nosso Senhor!

- 292 -

“Quando porém vier aquele Espírito da Verdade, ele vos ensinará todas as
verdades...” - Jesus.

“O que crê em mim, como diz a Escritura, do seu ventre correrão rios de água
viva. Isto porém dizia ele, falando do Espírito que deviam receber os que cressem
nele: porque ainda o Espírito não fora dado, por não ter sido ainda Jesus
glorificado.” - João, cap. 7.

“Assim que, exaltado pela dextra de Deus, e havendo recebido do Pai a promessa
do Espírito Santo, derramou sobre nós a este, a quem vós vedes e ouvis.” - Atos, cap.
2.

“Aquele que tiver ouvidos, ouça o que diz o Espírito às igrejas.” - Apocalipse.

Vede bem o encadeamento dos acontecimentos. Porque primeiro vieram as
iniciações, depois as profecias, depois o Cristo que traria a Revelação para toda a carne,
e, depois, as lições que a Revelação teria que dar, que de fato dá.

A Verdade Interior, o Reino do Céu Interno, por certo não virá de fora ou com
mostras exteriores; mas a Revelação fará o seu imenso trabalho informativo, a sua
grandiosa obra consoladora.

- 293 -

“O Espírito que trabalha os mundos e condensa a matéria cósmica em massas
enormes manifesta-se com uma intensidade diversa e uma concentração cada vez
maior nos reinos sucessivos da natureza.” - G. I.

Apesar do tempo em que viveu Pitágoras, sem os deslumbramentos científicos
deste prodigioso século, o certo é que, com os informes da Revelação, que vivia
trancafiada nos Cenáculos Esotéricos, pôde ele dizer coisas assim maravilhosas do
Criador e da Criação, partindo dos princípios energéticos e etéricos e subindo a
vastíssima escala, atingir o elevadíssimo conceito Cósmico e vislumbrar com inteireza
de consciência a estuante escalada biológica da alma.

Muitos pretensos sábios e pretensos místicos do século vinte, saturando seus livros
de ensinos rebuscados, também os saturam de termos técnicos, também os saturam de
contradições e de confusões, ficando longe da grandiosa concepção de alguns dos
Grandes Mestres da antiguidade.

Convindo em que tais pretensos místicos vão buscar ensinos no passado e nas
experiências de laboratórios, nos laboratórios que nada têm pedido a seus pretensos
misticismos, temos a obrigação de honrar os Grandes Mestres da antiguidade, e de
festejar os laboratoristas, ficando na obrigação de pensar com bem pouco respeito sobre
tais pretensos místicos.

Melhor seria que os profetas, os da Verdade, ficassem no campo que lhes é devido,
que é o do espírito, deixando livres os apóstolos da Ciência, pois que estes fazem o seu
trabalho, sem pretensões a místicos, sem pretenderem ser a reencarnação de Profetas ou
Santos...

As contradições da Ciência, portanto, são feitas sem agravar a Ciência, enquanto
que as contradições e as confusões de tais pretensos místicos, muito depõem contra as
verdades proféticas, pois chegam a não ter a menor noção profética.

- 294 -

“Qual é, pois, segundo a doutrina esotérica, o escopo final do homem? Depois de
tantas mortes, renascenças, repousos momentâneos e despertares dilacerantes, terão,
enfim, um termo as canseiras da Psiquê? Sim, dizem os iniciados, desde que a alma
tenha vencido a matéria, desde que, desenvolvendo todas as suas faculdades
espirituais, tenha encontrado em si mesmo o princípio e o fim de todas as coisas, não
lhes é necessária a encarnação, e entrará no estado divino pela sua completa união
com a Inteligência Divina.” - G. I.

Jesus, o Cristo, resumiu muito bem o estado de Uno, em Suas lições teóricas e
práticas. Sintonizar com a Essência Divina, toda Ela Inteligência, Luz, Glória e Poder,
eis a Sagrada Finalidade da Vida. Todavia, fica bem entendido, sem perder a
Individualidade.

A Revelação ensinará tudo isso. Entretanto, se primeiro cumpre reunir para cultivar
a Revelação, tal e qual como se acha escrito na Primeira Epístola de Paulo aos
Coríntios, capítulo quatorze, a seguir é necessário subir na qualidade das reuniões, das
faculdades mediúnicas, para atingir elevados graus de contato espiritual.

Todas as Iniciações Antigas tiveram o seu fulcro no Coríntios, capítulo quatorze, a
seguir é necessário subir na Revelação. Depois, com a corrupção romana, o
Cristianismo ficou sendo a religião dos povos imperialistas, sanguinários, déspotas,
idólatras, etc. etc.

Para fazer a Codificação, os Instrutores Antigos, sob a égide do Cristo Planetário,
foram buscar tudo quanto tinham ensinado, para de novo apresentarem um novo Corpo
de Doutrina, com o nome de Espiritismo. Por isso mesmo que o Espiritismo é, em
amplidão ainda desconhecida, tudo aquilo que foi a Sabedoria Antiga, com os
acréscimos dos tempos modernos, com a sua imensa liberdade de iniciação.

Quem puder desabrochar em si faculdades superiores, ou valer-se de quem as tenha
bem desenvolvidas, poderá sondar a Humanidade que foi, a Humanidade que é, e até
mesmo invadir a Humanidade que será. E conhecerá a Chave Mestra das Iniciações,
observando as Revelações Sucessivas, vendo os Grandes Mestres a passarem pela Terra,
sempre acompanhando a marcha lenta do homem. E será forçado a ver Jesus, aureolado
de Majestosos Patriarcas da Espiritualidade, como Guia Planetário a distribuir nas Eras,
no seio das Raças e dos Povos, os Instrutores Maiores e os acompanhamentos menores.

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