"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

continuação ... O ESPÍRITO DE DUAS OBRAS


- 211 -

“O Sepher Bereshit” - G. I.

Nunca mais ninguém saberá, na Terra, o que foi o Livro dos Princípios, o Tratado
de Ciência Divina, escrito em três sentidos - Literal, Simbólico e Iniciático ou
Interpretativo.

Fizeram do Gênese uma monstruosidade. Isso basta que seja dito, para se
compreender as palavras do Autor de OS GRANDES INICIADOS:

“Ah! Por certo que era para o futuro condutor do povo de Deus, o Gênese
irradiava uma luz diferente e mais forte, abraçava mundos bem mais vastos do que o
mundo infantil e a pequenina Terra que a tradução grega dos Setenta ou a tradução
latina de S. Jerônimo nos mostram.” - G. I.

- 212 -

“...Uma lei única rege o mundo natural, o mundo humano e o mundo divino.” -
G. I.

Moisés foi o Profeta-Concatenador, ou Codificador do tempo, a fim de preparar ao
Senhor Planetário o ambiente propício. A concatenação ou codificação de Moisés foi de
sentido Védico-Hermético. O Védico-Hermetismo ensinava assim que o Um, ou Deus,
também em leis regentes como ÚNICA LEI começava, desdobrando-se a seguir em
infinitas leis ou leis menores.

Queiram ou não aqueles mestres em Israel, que de mestria nada possuem, mas a
realidade é que a Ciência da Unidade sempre regeu as Escolas Iniciáticas. Também é
certo que ninguém a destronará, porque o UM, Deus, nunca será escravo das
mediocridades de quem quer que seja, embora cada medíocre deste mundo possa pintar
como queira a sua própria mediocridade.

- 213 -

“Israel gravita em torno de Moisés tão seguramente, tão fatalmente, como a
Terra gira em torno do Sol.” - G. I.

Para ficarmos com o Eterno, Perfeito e Imutável, diremos que todos, desde o Cristo
Planetário até o último cidadão terrícola, e todas as Potestades e Humanidades do
Cosmos Infinito, gravitam em torno da Lei de Deus, da Moral, do Amor e da Revelação,
pontos de partida para atingir a plenitude em Sabedoria e Virtude.

Um filho de Deus, um homem, por si só, não poderá jamais se impor às
movimentações humanas; é imperioso que esse homem tenha em si as marcas do
messianato. E o messianato representa as marcas de Deus, mais ou menos, em matéria
de Sabedoria e de Virtude.

Mais ou menos, em quantidade, mas sempre aquela dosagem mínima necessária,
para que possa dar conta da Mensagem que lhe pese nos ombros. Já se vê, portanto, que,
perante Deus, o homem vale pelo essencial e não pelo formal.

Convém, conseguintemente, ter um cérebro lúcido e um coração deveras amoroso,
para estar bem na presença do Pai Divino. Para estar e ficar bem.

- 214 -

“Porque o Senhor Deus não reside em templos feitos por mãos de homens.” -
Bíblia.

E muito menos a Divina Sabedoria é escrava de letras adulteráveis e deveras
adulteradas.

Palavra de Deus era o nome da Revelação, da comunicação dos Altos Mensageiros
que guiavam o povo. Aos tais Mensageiros chamavam anjos, espíritos ou almas.

Basta um pouco de honestidade mental, para saber o que foram Gabriel, Moisés e
Elias, que intervieram no nascimento e na vida messiânica de Jesus. Ou sobre o que
afirmava Jesus, que teriam de ver os anjos subindo e descendo sobre a Sua cabeça. E
sobre o Batismo de Espírito (não de Pedro nem dos homens falhos em fé), porquanto a
Sua tarefa era generalizar a Revelação, derramá-la sobre a carne toda, como dizem Joel
e outros Profetas.

- 215 -

“Para a ciência antiga o universo sem limites não era uma matéria morta, regida
por leis mecânicas, mas um todo vivo, dotado duma inteligência, duma alma e duma
vontade.” - G. I.

Cumpre saber que a Teoria do Divino Monismo é antiqüíssima, remonta ao
vedismo iniciático. Certos autores modernos, indo buscar lá para trás os informes, nada
mais têm feito que saturá-los de teorias e termos técnicos em profusão, e até em
profusão de confusão, querendo passar por inovadores. Quem quiser saber disto pelas
fontes primitivas, procure conhecer Crisna, Moisés (fora da Bíblia) e Pitágoras.

- 216 -

“Ao contrário da ciência moderna, que não considera senão o exterior, a casca
do universo, a ciência dos tempos antigos tinha por fim revelar o seu interior,
descobrir o seu maquinismo oculto. Ela não tirava a inteligência da matéria, mas a
matéria da inteligência.” - G. I.

Por isso que se chamava Ocultismo ao cultivo das coisas do espírito, nunca sendo
este cultivo de caráter idólatra ou mercenário. Tudo se resumia no sagrado ministério de
CONHECER O AVESSO DO COSMOS. E este AVESSO era Deus, e por Deus os
filhos de Deus, as centelhas espirituais, que começando inconscientes, deviam fazer a
escalada biológica, o serviço interno de cristificação.

Ao Espiritismo, Súmula das Revelações que é, ou Instrumento Revelador, que de
novo é entregue de maneira generalizada à Humanidade, cumpre facilitar estes
ensinamentos. Não sabemos de quem conheça, ou tenha tido conhecimento dos
bastidores da Codificação de Kardec; mas sabemos nós, e muito bem, que atrás dela
estiveram os mesmos Grandes Reveladores de todos os tempos, agindo sob a tutela do
Divino Mestre.

Sendo a Codificação as Primeiras Letras da Renovação da Terra, cumpre estar
alerta, para subir em linha reta, isto é, no seio do Senso Profético. Estas palavras
definem a Trilha Certa - Moral, Amor e Revelação, Saber e Virtude.

Ademais, quem se desviar, ou fizer desviar, pagará por tudo até o último ceitil e
retornará à Trilha Certa; porque não será Deus a obedecer o homem e sim o homem a
obedecer a Deus.

- 217 -

“A ordem descendente das encarnações é simultânea com a ordem ascendente
das vidas e só por ela se faz compreender. A involução produz a evolução e explicaa.”
- G. I.

Isto é mergulhar a mônada espiritual na matéria; sujeitar-se à lei das reencarnações;
usar a matéria como instrumento de ascensão. Depois de se tornar consciente de si e do
Sagrado Princípio Criador, começa a mônada ou alma a reencarnar com plenitude de
propósitos, o que antes não poderia fazê-lo.

Primeiro pertence ao chamado Espírito Bloco, quando é vida e movimento e nada
sabe de si, agindo em multidões, habitando nebulosas e planos fluídicos densos, em
mundos embrionários em evolução. É e não sabe o que é, nem sonhar poderia, porque
nenhum recurso íntimo está desperto para lhe assegurar esse direito.

Vem atravessando escalas de que a Ciência humana está longe de conceber,
trilhando a estrada evolutiva no seio da Terra, da Água, das Florestas e do Ar, sempre
caminhando para a separação, para a individuação.

Nessa Mesologia é que evolui, forçando sem querer, movida por forças intrínsecas
e Inteligências Vigilantes, e, aos poucos, nos milhões de anos, penetra os primeiros
seres filamentosos e as larvas, subindo lentamente nas espécies, invadindo as famílias
de répteis em geral.

Dos anfíbios vem surtindo, lentamente, para habitar corpos rudes, perambulando as
matas e os campos, lutando pela subsistência, pelo sexo e pela cria. E atinge, muito
lentamente as espécies superiores do reino animal, marcando, passo a passo, vinco a
vinco, as diferenças no corpo astral, no perispírito.

Ao atingir a espécie hominal, depois de viver longas jornadas como elemental ou
habitador do plano etérico, dos duplos etéricos do mundo sólido, muito lentamente sobe
e vem sendo cada vez mais um homem civilizado.

O termo civilizado, aqui, pertence ainda aos violentos, negadores de Deus ou
idólatras, tanto podendo ser os trucidadores de Profetas ou crucificadores de Cristos,
como aqueles que deles se aproveitam e falam, para corromper a Verdade a bem de seus
interesses imediatos. A civilização, neles, é apenas de fachada.

Entretanto, cair e levantar é de lei comum, e a mônada aproveita mais dos embates
agora, porque as ações forçam as reações, obrigando a mente a funcionar, exigindo
concentrações do intelecto, impondo a obrigação de discernir e de classificar.

Na multimilenária jornada, um tremendo movimento se operou no corpo astral ou
perispirital, pela evolução da mônada em geral e do cérebro em particular. Tudo, podese
dizer, deu-se em função da marcha para o homem, a fim de que, do homem venha
surtindo, lentamente, o Cristo Interno Manifesto.

Cada centelha, lá para os confins da Origem, já era um Cristo em fazimento; cada
homem dito civilizado, por mais errado que o seja, está milhões de anos mais perto da
Sagrada Finalidade, do Grau Crístico.

- 218 -

“Todas as grandes iniciações da Índia, do Egito, da Judéia e da Grécia; as de
Crisna, de Hermes e de Moisés, de Orfeu, conheceram sob formas diversas esta
ordem dos princípios, das potências, das almas, das gerações, que descendem da
Causa Primária, do Pai Inefável.” - G. I.

Nada criado por milagre.

Tudo emanado da Essência Divina.

Tudo sujeito à lei da evolução normal e necessária.

Como Deus não falha em Seus Desígnios, todas as almas atingirão a Sagrada
Finalidade, o Grau Crístico.

- 219 -

“O que nasceu primeiro foi a luz.” - G. I.

Muito bem pensado, sem dúvida, pois é na Luz Divina, no Segundo Estado de Deus
que tudo começa a existir - parte da Luz Divina se vai adensando, convertendo em
matéria, e as mônadas vão mergulhando nela, para a seguir movimentar mais e
descrever na sua história as marcas da evolução.

A volta da centelha ou mônada, em estado de gloriosa expansão, corresponde ao
corpo astral ou perispírito elevado ao grau de Luz Divina, mas agora estando, esta Luz
Divina, por assim dizer psiquizada. É o corpo astral dos Cristos.

- 220 -

“Eu sou aquele que sou.” - G. I.

E tendo o Criador assim falado, através de Seu Mensageiro, disse para sempre ou
eternamente, que Seus filhos são de Sua Essência, ou Semelhança, por evolução vindo a
ser Luz Inteligente, Glória e Poder, sem necessidade de saber explicar a Origem de
Deus e a Sua Essência.

Porque a parte de Deus é Eterna, Perfeita e Imutável, enquanto que a parte de cada
filho, à custa de suas atividades é que será levada a termo. Em lugar de discutir a
Origem, digamos assim, muito mais rende saber usar o Processo Evolutivo, para mais
depressa atingir a Sagrada Finalidade.

Infelizmente, porém, muitos mais vivem querendo ensinar a Deus do que aprender
com Deus. As religiões, então, fabricam pílulas e engarrafam coisas ridículas, querendo
que tais chicanismos valham por Deus. E o pior de tudo é que havendo quem fabrique
tais erros e monstruosidades, não faltam os que os comprem. É por isso que a Terra
ainda é um mundo, onde o Cristo Externo, ou Divino Molde, permanece na cruz.

Quem vive a crucificar o Cristo Externo, como poderá desabrochar o Cristo
Interno?

Entretanto, o Cristo Externo é a Lei de Deus apresentada Viva, sendo que cinco
palavras o revelam perfeitamente - Moral, Amor, Revelação, Saber e Virtude. Estas
palavras definem o que é acima de Mundos, Formas e Transições. Elas ensinam a usar
tudo quanto é menos do que o espírito, para que nenhum filho de Deus faça traição aos
Dez Mandamentos.

O Primeiro Mandamento, somente ele, contém a chave da Verdade; porque
ninguém virá a amar a Deus em Espírito e Verdade, a menos que tenha feito toda a
escalada evolutiva ou biológica, a menos que se tenha elevado à condição de Espírito e
Verdade.

Eis a razão, para quem possa entender, de ser o Criador, o Molde, a Mensagem
Integral, a Revelação Total, Eterna, Perfeita e Imutável. Com o evolvimento íntimo,
com a subida de cada um aos Altos Planos da Vida, o Cristo irá sendo conhecido.
Somente ao que for em si mesmo realizando o Cristo Interno, será dado de fato
conhecer o Divino Modelo Externo.

Muitos raros serão aqueles que, ainda encarnados, poderão sintonizar com o Cristo
ou Modelo Integral. A carne é barreira tremenda, limitando a criatura de modo terrível.

Entretanto, assim o é por força da Soberana Vontade, para que cada um tenha na
encarnação o seu caminho purificador. Cumpre saber usar a matéria em geral, porém,
muito mais aquela que é ligada, que é o corpo carnal.

Sintonizar com a Essência Divina, por atingir o Grau Crístico, somente conhecendo
e aplicando as leis regentes do Universo. As religiões clericais fabricam ignorantes e
errados, porque pretendem substituir o Processo Divino pelas suas manobras simiescas e
idólatras. Outros há que, viciando-se no contemplativismo, ou nos discursozinhos
falazes, acreditam com isso estar obtendo a GRAÇA DA SALVAÇÃO.

A Graça trazida por Jesus não foi a SALVAÇÃO DE FAVOR; leiam nos Atos,
capítulo dois, que a Graça trazida por Ele foi o Batismo de Revelação, foi tornar
generalizada a comunicabilidade dos espíritos instrutores.

- 221 -

“O Deuteronômio fala de uma visão colossal, de milhares de santos aparecidos
no meio da tempestade, sobre o Sinai e à Luz de Iévé. Os sábios do ciclo antigo, os
antigos iniciados dos árias, da Índia, da Pérsia, do Egito e todos os nobres filhos da
Ásia, a terra de Deus, teriam vindo auxiliar Moisés na sua obra a exercer uma
pressão decisiva sobre a consciência dos seus associados?” - G. I.

Quem viria à carne, para fazer uma obra tamanha, sem contar com as Potestades
Espirituais?

Jesus não disse que teriam de ver os anjos subindo e descendo sobre a cabeça do
Filho do homem?

Atrás de Elias, ou Kardec, não estiveram e estão as Falanges da Verdade, ou a
Mensageiria do Senhor?

- 222 -

“Como quer que seja, Moisés contagiou aos setenta o fogo divino, a energia da
sua própria vontade. Eles constituíram o primeiro templo antes de Salomão, o templo
vivo, o templo em marcha, o coração de Israel, luz real de Deus.” - G. I.

Importa conhecer o seguinte:

1 - Não foi o fogo da sua vontade, e sim o primeiro Batismo Coletivo de Revelação
ou Espírito, da História Humana;

2 - A Igreja de Jesus é viva, porque foi um novo Batismo de Espírito, de Revelação,
como o provam os capítulos um, dois, sete, dez e dezenove dos Atos, bem assim como
os doze e treze da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios;

3 - Ninguém sabe, melhor do que nós, que à Restauração foi dado o nome de
Espiritismo, por ser o revivescimento do Batismo de Espírito, levado a termo por Jesus.

- 223 -

“O canto místico da sacerdotisa de Delfos aludia a um dos numerosos segredos
guardados pelos sacerdotes de Apolo, e que eram ignorados pela multidão. Orfeu foi
o gênio vivificador da Grécia sagrada, o despertador da alma divina, cuja lira de sete
cordas, cada uma das quais correspondia a uma feição da alma humana e continha a
lei de uma ciência e de uma arte, abraçava o universo.” - G. I.

Há que considerar o seguinte: desde que a Raça Adâmica veio para a Terra,
reencarnando no seio de Eva ou Raça Primitiva, constituída de diferentes nações e
estendida sobre os vários Continentes, foram vindo Profetas ou Missionários.

O caráter de cada Missionário era compatível com os caracteres psicológicos do
povo no seio do qual devia desempenhar a sua tarefa.

A Sabedoria Antiga, ou assim chamada, ou era totalmente Ocultista ou se revelava
de modo ultra-alegórico ou simbólico.

Este livreco não foi feito para liquidar o assunto, mas para fazer pensar, para fazer
cada um de seus leitores meditar sobre a sua própria trajetória. Porque a Humanidade é
a mesma, caminhando muito lentamente na Estrada Crística, de sorte que ignorar ou
negar corresponde a ser muito ridículo.

Um milhão de vezes melhor, portanto, é sondar os esoterismos antigos, com os seus
alegorismos e simbolismos, do que essa porcaria que foi surgindo no mundo, a partir do
quarto século, quando na cidade dos sete montes, que é Roma, foi a besta apocalítica se
erguendo, para adulterar o Caminho do Senhor, a Excelsa Doutrina, cujos fundamentos
são a Moral, o Amor, a Revelação, o Saber e a Virtude.

“Chamava-se agora Orfeu, que significa - Aquele que cura pela luz.” - G. I.

Sempre as mesmas bases iniciáticas, sempre os Emissários do Senhor, sempre o
encaminhamento aos Sagrados Páramos da Essência Divina.

Sem dúvida que os gregos estavam preparados para receber as Epístolas de Paulo,
sobre como cultivar a Revelação; e se de Roma não tivesse saído a traição contra o
Batismo de Revelação, quanto não teria feito a Grécia pelo desenvolvimento da
espiritualidade no seio da Humanidade?

Orfeu foi, na Grécia, o assessor do Cristo.

- 224 -

“Os amores do Céu e da Terra não são conhecidos pelos profanos. Os mistérios
do Esposo e da Esposa só aos homens divinos são revelados.” - G. I.

O Esposo e a Esposa significam Deus e a Luz Divina, como é facílimo conhecer,
penetrando as Altas Esferas da Vida. Os chamados homens-divinos são aqueles cujo
perispírito tenha se elevado à Luz Divina ou suas aproximações. Eles encarnam e
cumprem missões elevadíssimas no seio dos povos.

Importa saber que as gradações variam ao infinito, em matéria de luzes e vibrações,
variando assim as diferentes possibilidades missionárias. Nas sessões espíritas
medíocres, feitas em escuridão e para a doutrinação de espíritos sofredores através de
médiuns, a expressão Espírito de Luz toma a feição de generalidade.

Entretanto, encarnados ou desencarnados, cada um tem lá o seu grau ótimo, ou
matiz de grau, pois a variação é muito mais extensa do que parece, sendo certo que os
poderes decorrerão do grau de luz, que corresponde ao grau de intensidade vibratória.

Nos ambientes melhores, onde as faculdades superiores se evidenciem, como por
exemplo a vidência, a psicometria, o desdobramento consciente, etc., todo o trabalho
pode ser feito no plano astral e com as luzes acesas, o que muito recomendará. As
práticas mediúnicas terão que evolver, pois, no porvir, ninguém irá importar sofredores
de outros Planetas, para agradar aos medíocres que pensam a isso se reduzir o
Espiritismo.

Muitos já são os que fazem sessões a plena luz, sessões de estudos e de radiações,
curas e operações no perispírito, tudo à base de vidência e psicometria; e, de fato, estas
sessões fazem muito mais e melhor, para os sofredores e necessitados do mundo
espiritual, do que as acanhadas sessões comuns, cheirando a sarcófagos e defuntismos,
levadas a termo em ambientes que desgostam pela escuridão.

Sob todos os pontos de vista, importa que se faça tudo a bem da iluminação, da
elevação em geral. Até mesmo as sessões de efeitos físicos, quando todos os presentes
são conscientes, mentalizam fortemente, e os médiuns são de fato suficientes e
eficientes, com muita luz, verde ou azul, as materializações se podem dar e se dão
realmente.

O mal é que bem poucos terrícolas sabem o que valem o Conhecimento, a Vontade
e o Pensamento postos a funcionar conforme a Soberana Vontade de Deus.

- 225 -

“A Unidade é a lei de Deus. O Número é a lei do Universo. A Evolução é a lei da
Vida.” - G. I.

Entrando em Pitágoras, seria possível deixar de entrar na mística dos números?

Sendo certo que em Deus tudo é Lei e Justiça, logo se conclui que em Deus tudo
começa no UM, desdobrando-se ao Infinito.

O UM é Deus Imanifesto e o Múltiplo é Deus Manifesto. Entre a Unidade e a
Multiplicidade está tudo, porque essas palavras querem dizer Criador e Criação, o Todo
e a Sua Manifestação.

Como todas as Iniciações tinham uma mesma Chave, temos aí o Estático e o
Dinâmico, o Pai e os Filhos.

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