"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."

terça-feira, 11 de setembro de 2012

continuação ... O ESPÍRITO DE DUAS OBRAS


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“...havendo sido enviado do céu o Espírito Santo, ao qual os mesmos anjos
desejam ver.” - I Ep. de Pedro.

“E havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, e este homem justo e
timorato esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele.” - Lucas,
cap. 2.

Entre os Apóstolos, por falta de melhor compreensão, havia confusão entre
Mediunidade e espírito comunicante. Anjo, espírito e alma, tudo quer dizer a mesma
coisa. E Pedro confundia entre o dom mediúnico e o agente comunicante.

Antes do Pentecostes - ou Batismo de Espírito - o Espírito Santo, Bom, de Verdade
ou de Deus sempre esteve entre as gentes. A tocha da Revelação jamais se apagou no
mundo. Apenas, ela estava entre os Cenáculos Iniciáticos, tendo sido Jesus o Portador
da Graça e da Verdade para toda a carne, como estava escrito nas Profecias, que devia
acontecer.

Ana e Simeão, os dois Profetas ou Pitões, que foram ao Templo visitar Jesus e
anunciar grandes coisas, faziam parte dos Essênios ou Nazireus, isto é, da Escola de
Profetas de Israel.

Está escrito, no Velho Testamento, que após a morte de Moisés, os dirigentes do
povo clamavam por aquele que trazia o Espírito Santo ou de Deus para o meio do povo.

Profeta é o sinônimo de Médium e ao lado dos santos espíritos ou verdadeiros espíritos,
estão os espíritos sofredores e também os ignorantes e mentirosos.

Assim sendo, a uns cumprirá aprenderem a se libertar da ignorância e do erro,
enquanto que a outros, aos cultivadores do Profetismo, cumprirá sempre o dever do
melhor discernimento dos espíritos comunicantes.

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“Palavras do rei Lemuel. Visão pela qual o instruiu sua mãe” - Provérbios, 31,
verso 1.

Mais uma mensagem mediúnica, a fazer parte das muitíssimas outras que somam
na Bíblia, esse Grande Tratado Mediúnico, que muito poderia ter feito pela elevação
humana, se não tivesse sofrido a influência corruptora dos cleros mercenários e
sanguinários. Quem quiser ler a Bíblia com um pouco de senso crítico, notará a eterna
contenda entre o clericalismo e o Profetismo. Como o clericalismo sempre andou de
braços dados com o dinheiro, a política e o mundanismo em geral, sempre conseguiu
esfolar os Profetas e os Arautos do Profetismo em geral, tendo inclusive crucificado o
Cristo.

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“A que é semelhante o Reino de Deus? A que o compararei eu?” - Evangelho.

O Reino de Deus, ou do Céu, que bem afirmou Jesus estar no íntimo de cada filho
de Deus, é como o grão da mostarda - germina, cresce e tem serventias múltiplas. A
centelha divina, o espírito, anjo ou alma, atravessa mundos, formas e transições até
atingir o grau crístico ou a unidade com o Pai Divino.

Os clericalismos, entretanto, colocam os filhos longe do Pai Divino, que eles
impõem como sendo antropomórfico ou individual, para poderem ficar no meio como
beleguins, vendendo idolatrias, simulacros e fingimentos, e assim fazendo a
Humanidade trilhar os caminhos da ignorância e do erro.

No dia em que a Humanidade souber cultivar o Saber, a Virtude e a Revelação,
nesse dia os clericalismos desaparecerão e a Terra deixará de ser um mundo de guerras,
pestes e fomes. Porque todo o mal deriva das traições que são feitas aos Mandamentos
da Lei de Deus. Os clericalismos é que encabeçam os erros, fazendo a Humanidade
pecar.

O pior é que usam os nomes de Deus, da Verdade e do Cristo, para fazerem as suas
terríveis traficâncias idólatras.

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“E Jesus lhes falava por parábolas.” - Evangelho.

Quando se fala a conhecedores, usando termos técnicos, com poucas palavras muito
se diz; mas quando se fala com elementos de pouca ou nenhuma cultura, são as
alegorias, os paralelos, as figurações, muito mais eficientes.

Nos Cenáculos Iniciáticos a Doutrina era ensinada através de três sentidos - literal,
simbólica e interpretativa. Jesus falava segundo o entendimento do auditório, pois do
contrário seria o mesmo que não dizer coisa alguma.

Daqueles que se presumiam “mestres em Israel”, Ele exigia muito mais. Vide o
caso de Nicodemos e a Sua tremenda luta com os sinedristas e fariseus.

Os donos de religiões vivem a se curvar diante dos grandes e a se erguer diante dos
pequeninos... Jesus era humilde com os pequenos e se erguia diante dos presumidos do
mundo.

É bom pensar um pouco sobre a capacidade de dobras do espinhaço...

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“E lhes propôs esta parábola” - Evangelho.

Todas as parábolas fazem entrar em cena algum ponto fundamental de Doutrina;
mas a Moral, o Amor e a Revelação, tomam na boca de Jesus a dianteira, porque aí
residem os três sentidos da Lei de Deus, que Ele veio executar, para ficar sendo o
Divino Molde.

Meditem nestas palavras - Essência, Existência, Movimento, Evolução,
Imortalidade, Responsabilidade, Reencarnação, Revelação, Habitação Cósmica,
Finalidade Sagrada.

Compreendam estas - Saber, Virtude e Revelação.

Estas palavras dizem de verdades, leis ou virtudes, que pairam acima das Bíblias,
dos Evangelhos escritos, dos formalismos humanos. Elas pertencem ao Sagrado Livro
de Deus, da Criação, jamais sendo dadas à escravidão.

Aquele que cresceu, que desenvolveu até o grau crístico, esse conheceu Deus em
Espírito e Verdade e assim passou a amá-Lo; antes disso, porém, idolatrias e simulações
tomam o lugar da Verdade e do Bem. É por isso que a Humanidade terrícola, atrasada e
bruta, não aceita o Saber, a Virtude e a Revelação, para aceitar o que lhe vivem a vender
os fabricantes de simulações e idolatrias, eles mesmos já se apresentando apalhaçados,
ou vestidos de modo a influir sobre os ignaros.

É um crime muito grande dizer que todas as religiões conduzem a Deus; decente é
dizer que só a Verdade conduz a Deus, quando se tem a devida hombridade para
anunciá-la e vivê-la diante do mundo.

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“A Lei e os Profetas duraram até a vinda de João; desde este tempo é o reino de
Deus anunciado, e cada um faz força para nele entrar. É, porém, mais fácil passar o
céu e a terra, do que perder-se um til da Lei.” - Evangelho.

A Lei, que era apenas teórica, foi apresentada viva por Jesus, o Divino Molde; e os
Profetas iriam ter continuidade na Humanidade inteira, porque Jesus trouxe para toda a
carne o batismo de espírito ou Revelação. Um novo dia surgiria para a Humanidade,
como surgiu. E se Roma não tivesse liquidado o batismo de Revelação, por certo a
Humanidade estaria em outro nível de conhecimento e de civilização.

Jesus afirmou a universalidade da Lei e da Profecia; porque a primeira teria Nele o
Molde Vivo, enquanto que a segunda teria na Humanidade a sua continuação. A Lei
significa o Poder equilibrador do Universo, enquanto os Profetas significam a
Mensageiria Divina, que nunca jamais passará.

Ninguém ficará sem a devida punição, quer seja por pensar em derrogar a Lei de
Deus, quer seja por blasfemar contra o Instituto Divino de Revelação.

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“Eu saí do Pai, e vim para o mundo; eis que de novo deixo o mundo, e volto para
o Pai.” - Evangelho.

O espírito Uno com o Pai por cristificação, ao deixar o corpo carnal de novo
ingressa no Pai, na Sua Divina Ubiqüidade. Porque o Pai não é individual ou
antropomórfico, não está num Céu exterior ou territorial, mas é o próprio Céu e está no
imo de tudo e de todos.

Tudo é questão de vibração, de freqüência vibratória; aquele espírito, anjo ou alma,
que se elevar pelo Saber e pela Virtude, esse até mesmo em vida poderá dizer que está
no Pai e o Pai nele.

Jesus disse, várias vezes, que veio do Céu, estava no Céu e voltaria para o Céu. É
mera questão de sintonia vibratória. Para além da matéria densa, seja em que mundo ou
tempo for, está nos fundamentos o Pai Divino. Por certas faculdades e exercícios,
muitas criaturas já conseguiram penetrar além dos umbrais da matéria, vivendo o
supremo êxtase, caindo em perfeita sintonia com o Sagrado Princípio.

É por isso que diziam, todas as Escolas Iniciáticas, que o Reino do Céu é questão de
exaltação do Eu Interior, é simples questão de Elevação de Consciência.

Jesus falou, muitas vezes, na Iluminação do Olho Interno; e se no quarto século
Roma não tivesse adulterado tudo, e corrompido os escritos apostolares, o Evangelho
daria imensas lições de Essenismo, de Sabedoria Iniciática.

Vá cada qual fazendo, desde a encarnação, a sua união vibratória com o Sagrado
Princípio, que traz nos seus fundamentos.

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“Aquele que quiser vir após mim, tome a sua cruz e siga-me.” - Evangelho.

Aqueles que quiseram fazer e fizeram, de Jesus, o rótulo para as suas mercancias e
engodos, adulteraram os escritos. E querem que Jesus, sendo o Mestre, o Modelo a ser
seguido, se transforme em Redentor gratuito.
Importa lembrar isto:

Jesus nunca Se disse Filho Unigênito do Pai.

Jesus nunca Se disse Primogênito do Pai.

Jesus nunca Se disse Redentor Gratuito de quem quer que seja.

Jesus afirmou a Lei de Karma, Causa e Efeito ou Recompensa.

Jesus Se afirmou Mestre ou Modelo, para ser seguido, apenas.

Jesus Se afirmou o derramador do Espírito Anunciador sobre a carne.

Ficar com Jesus é ficar com a Lei de Deus; ficar com a Lei é ficar com a Moral, o
Amor e a Revelação; ficar com a Revelação é aprender a importância do Saber e da
Virtude; viver o Saber e a Virtude é fazer a cristificação própria.

Ninguém jamais poderá fazer pelos outros a marcha evolutiva; a iluminação de
cada um depende do seu mesmo esforço interior; todos os que mentem, por discursos,
dogmas, simulações e sacramentismos inventados por homens, duramente pagarão.

As leis de Deus são Eternas, Perfeitas e Imutáveis; os Cristos Planetários são servos
de Deus e não senhores de Deus; as leis de Deus e os Cristos Planetários não são
escravos de livros adulteráveis e adulterados. No Sagrado Livro da Vida, cada filho de
Deus poderá aprender as leis regentes do Universo. Na Ordem Divina tudo é simples.

As profecias anunciam verdades, não as fabricam.

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“Se fôsseis bons, teríeis sempre convosco a Palavra de Deus” - Evangelho.

Palavra de Deus, na Sabedoria Iniciática, era o nome da Revelação. E se sabia que
era sempre proporcional ao grau de assimilação do tempo. Quem ler a Bíblia fazendo
acurada análise encontrará farta messe de altos e baixos, contradições e segundas
interpretações e terá provas de que cada Médium ou Profeta, por ser espírito mais ou
menos evoluído, disse coisas mais ou menos sábias.

A Codificação de Kardec, que foi feita do mesmo modo que a Bíblia, reflete, nos
seus detalhes, o adiantamento científico da época e, no seu conjunto, demonstra ou
comprova, por si mesma, a evolução da Humanidade. As verdades anunciadas, ditas
com simplicidade e segundo o tempo, se não representam Toda a Sabedoria,
representam pelo menos muito mais evolução e num plano superior de unidade
interpretativa e direcional.

De qualquer forma, Palavra de Deus é a Revelação; que se busquem os melhores
Profetas ou Médiuns; que se use bastante o Discernimento; que se aplique bastante a
Lógica da Revelação, para que se tenha cada vez mais Conhecimento da Verdade que
livra.

A Lógica da Revelação, entendam bem, é o conhecimento das verdades do outro
plano; porque, no Universo, os Continentes Vibratórios são muitíssimos, sendo exato
que nem sempre a Lógica Humana pode servir para os interpretar. Por falta de
conhecimento de causa, os Profetas foram esfolados, o Cristo foi crucificado e o
Batismo de Revelação ainda passa por coisa de Belzebu!

E aqueles que isso fizeram, como aqueles que ainda fazem, bem como aqueles que
ainda o farão, sempre se julgaram, julgam-se e se julgarão “Mestres em Israel”, isto é,
ministros de Deus.

Quanto a Médiuns, Profetas e Espíritos Comunicantes, convém lembrar que o bom
senso jamais será virtude a ser desprezada. Quem, neste meado do século vinte, quiser
verificar o que vai pelo Consolador em curso, há de se aborrecer tremendamente com o
que terá de ver, em muitos casos, na maioria deles, porque aquilo que não é ruim de
tudo, é pelo menos muito medíocre. Pouca coisa se salva, quando se trata de bom
profetismo, de mediunismo prático.

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