"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."

sábado, 22 de setembro de 2012

continuação ... O ESPÍRITO DE DUAS OBRAS


- 241 -

“Porque o Filho do homem é Senhor até do sábado mesmo.” - Jesus.

O maior crime é tirar o mérito da Virtude e da Sabedoria para dá-lo ao formalismo,
aos sacramentismos, às liturgias. Sábados, templos materiais, vestes e todo o aluvião de
engodos inventados pelos homens mercenários da fé, representam crimes contra a Lei
de Deus, que manda adorar em Espírito e Verdade, assim como o é Deus, querendo que
assim venham a ser os Seus filhos.

Jesus foi parar na cruz pelo fato de se levantar contra as idolatrias; e se alguém
quiser saber como agem agora os homens, saberá que agem do mesmo modo, embora
em nome d'Ele. O erro tomou rótulo novo, para se justificar. E atrás dos erros ditos
religiosos, continua a procissão de outros erros, vindo a ser a sociologia terrícola um
verdadeiro mistifório. Faltam o Saber e a Virtude, e sobram os engodos, as
superficialidades, os rótulos e os fingimentos.

- 242 -

“Misericórdia quero e não sacrifício.” - Mateus, cap. 12.

Para compreender essa advertência do Cristo, preciso se torna conhecer e viver
estas cinco palavras: Moral, Amor, Revelação, Saber e Virtude. Nenhum fetiche,
nenhuma formalidade, coisa alguma poderá jamais igualar à prática de tais verdades
fundamentais. Contra elas não prevalecem argumentos, e sem elas todos os argumentos
são ridículos.

Todavia, como aquelas palavras não servem aos homens, e muito menos aos
homens que fazem das coisas do espírito um simples comércio ou meio de vida, eis que
temos o mundo como ele é - falho de virtudes e referto de hipocrisias!

- 243 -

“Porei o meu Espírito sobre ele, e ele anunciará às gentes a justiça.” - Isaías,
cap. 2.

Eram chamados, no Velho Testamento, Homens de Deus, os Médiuns, ou Profetas;
porque eles tinham contato com os anjos, espíritos ou almas, que lhes falavam, para que
eles anunciassem. Por isso mesmo que disse Jesus, no Seu tempo, aquilo que está assim
redigido:

“Na verdade, na verdade vos digo, que vereis o céu aberto, e os anjos subindo e
descendo sobre a cabeça do Filho do homem.” - João, cap. 1.

Por isso perguntam muitos, e com muita razão, se Jesus não foi um Médium ou
Profeta. Ele mesmo disse que um Profeta não deveria morrer fora de Jerusalém, para
que a culpa de mais um crime ficasse ali. E na hora de ser preso, lembrou aos discípulos
que, se não fosse para ser assim, teria a Seu favor doze legiões de anjos. No Horto,
afirma Lucas, teve um anjo para consolá-lo. E como anjo, espírito e alma quer tudo
dizer o mesmo, na linguagem bíblica, no Tabor apareceram Moisés e Elias. Quem tem
inteligência não faz confusões; mas quem não a tem, procura a confusão, para defender
sua ignorância, isto é, o seu sectarismo.

- 244 -

“Onde o bicho que os rói nunca morre, e onde o fogo nunca se apaga.” - Jesus.

A Justiça Divina, que em todos os tempos deu, dá e dará a cada um segundo as
obras que praticar, teve e tem, na Escritura, várias designações alegóricas ou simbólicas.

Fogo eterno, bicho que rói, etc. De qualquer forma é instrumento eterno de
justiçamento, o que não significa que um filho de Deus fique eternamente sem sair dali.

O fogo eterno, que é a Justiça Divina, faz pagar até o último ceitil; e o espírito
culpado, uma vez ressarcido, continua a marcha em demanda à Pureza e à Sabedoria.

Ninguém deve confundir entre a perenidade da Justiça Divina e a perenidade de estadia
ali. O fogo eterno fica, e o espírito transita apenas.

Quanto aos religiosismos, ou dogmatismos clericais, que afirmam a eternidade da
culpa, isso é próprio de seus erros ou dogmas; eles não procuram ficar com Deus, mas
sim com os seus absurdos, porque fazem da fé meio de vida e de outras maquinações
mundanas. Quem se sentir livre pela graça de Deus, que abandone aos poucos as
chicanas clericais; assim é necessário, para que a Terra deixe de ser um mundo de
guerras, pestes e fomes.

- 245 -

“Espírito surdo e mudo, eu te mando, sai desse moço, e não tornes a entrar nele.”
- Jesus.

Jesus passou a vida a expelir espíritos maus e a confabular com espíritos bons ou de
Verdade. Que é preciso dizer mais, depois de se saber que foi falar com Moisés e Elias,
no Tabor? Que é preciso saber mais, depois de se saber que tinha os anjos, espíritos ou
almas, subindo e descendo sobre a sua cabeça?

Todavia, os chicanismos clericais pretendem o contrário, para conservar a
Humanidade em estado de ignorância e blasfêmia.

- 246 -

“Se alguém quiser ser o primeiro, será o último de todos, e o servo de todos.” -
Jesus.

Para que toda a casa fosse um receptáculo da Palavra de Deus, que é a Revelação,
Jesus veio batizar em Espírito ou Revelação; mas os homens perversos inventaram
clerezias, idolatrias e ensinaram a blasfemar contra o Instituto da Revelação, que é o
Consolador. E até se pretendem santidades infalíveis, quando o Divino Molde nem de
Bom quis ser chamado!

- 247 -

“Com quanta dificuldade entrarão no reino de Deus os que têm riquezas.” -
Jesus.

O reino de Deus, para Jesus, era o Plano Crístico, aquele dito Oitavo Céu, de onde
viera Ele, para cumprir Sua função missionária na Terra. É o Céu dos libertos, daqueles
que se tornaram acima de mundos, formas e transições; daqueles que reencarnam por
vontade própria.

Aqueles que se apegam aos bens do mundo em geral, não apenas às riquezas,
naturalmente retardam a entrada no Plano Crístico. Convém notar, para efeito de
respeito à Verdade, que enquanto se tratar de espíritos embrionários em evolução,
haverá muitos ricos caridosos e simples, e muito mais pobres empanturrados de inveja,
despeito e outros defeitos.

Como de experiências e provas se fazem os libertos, convém pensar no dever de
saber ter e não ter, como de saber conhecer e saber ignorar. Porque uns nunca
responderão pelos outros, mas cada um por si ou pelas suas obras. Se houver erro, isso
basta a cada um, sem ser necessário que um irmão ponha o dedo a pesar sobre o outro.

A Lei acionará a Justiça no devido tempo, sem a interferência humana; e como ninguém
está acima de falhas, mais convém ajudar a consertar com a Lei, do que apontar e
desejar o mal ao semelhante, seja lá pelo motivo que for.

- 248 -

“E o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas,
e aos anciãos, e sentenciá-lo-ão à morte, e o entregarão aos gentios.” - Jesus.

Enquanto a Terra contiver clerezias; enquanto a Humanidade sustentar mercenários
das coisas de Deus; enquanto homens fantasiados, idólatras e dogmatistas passarem por
ministros de Deus, a Verdade viverá crucificada e a Humanidade terá que responder por
isso.

Quando Deus e Suas verdades forem cultivadas em Espírito e Verdade, pelo fato de
ter a Humanidade se compenetrado destas cinco palavras: Moral, Amor, Revelação,
Saber e Virtude, então todas essas porcarias desaparecerão, vindo a reinar a Paz e a
Ventura entre as gentes. Aquele que tiver a inteligência lúcida e o coração puro,
entenderá isto. Porque o trabalho de Restauração e Consolidação, está sendo feito entre
gentes do mesmo teor, da mesma insuficiência espiritual.

- 249 -

“Este povo honra-me com a boca, mas o seu coração está longe de mim” -
Marcos, cap. 7.

Jesus recorreu muitas vezes, ou todas as vezes, aos Profetas, para fundamentar os
Seus temas de caráter doutrinário; este que ora transcrevemos pode ser procurado no
imortal capítulo sete do Profeta Zacarias. Porque os exteriorismos sempre foram os
argumentos usados pelos mercenários da fé. Com isso sempre fizeram subverter a
ordem das coisas, encaminhando a Humanidade para a ignorância e para o erro.

Aos espíritas cumpre cuidar da Verdade Profética, pois é certo que já são em
demasia os agrupamentos farisaicos da Terra. Tendo um coração limpo e um cérebro
lúcido, por certo que haverá uma conduta amorosa para com os irmãos, sendo isso que a
Deus agrada. Não convém tapar o buraco por onde passa o mosquito, para deixar aberto
aquele por onde passa o camelo...

- 250 -

“Então Jesus, tirando-o do meio do povo, e tomando-o de parte, meteu-lhe os
seus dedos nos ouvidos; e cuspindo, pôs-lhe da sua saliva sobre a língua.” - Marcos,
cap. 7.

Jesus usou de muitos recursos para realizar Suas curas; de recursos que foram
tirados, propositalmente, dos documentos deixados pelos Apóstolos. E como tivesse Ele
os anjos, espíritos ou almas, subindo e descendo sobre a Sua cabeça, que quer dizer ao
Seu redor, qualquer um pode compreender de onde Lhe vinham os ensinamentos e os
conselhos.

Paulo diz, numa das Epístolas, que enquanto encarnado, Jesus era um pouco
inferior aos anjos; isto é, aos espíritos bons e livres ou de Deus. É uma verdade simples,
muito simples, que qualquer de nós, que conheça suas vidas e função no mundo,
compreende com toda simplicidade.

Quanto aos meios de cura, cumpre dizer o seguinte: A Escola de Profetas de Israel,
ou de Nazireus, ou também chamada de Escola Essênica, tinha elementos pertencentes a
três categorias:

a - Os filiados em geral, solteiros e casados, que viviam a vida simples da
agricultura, sem outros deveres que não fossem observar a conduta que a Lei determina,
e de estar a par dos movimentos da Escola ou Ordem;

b - Os Nazireus, ou Médiuns, que se versavam no exercício profético ou mediúnico.
Tudo dependia dos anúncios vindos antes de nascerem, ou da vontade do indivíduo, por
causa de faculdades que se lhe manifestavam. A Bíblia contém muitos informes, sobre
filhos que foram oferecidos, pelas mães, ao serviço profético, etc.;

c - Os Terapeutas, que muitas vezes eram também Nazireus, e que faziam
aprofundados estudos de medicina, começando pelo espírito, observando o perispírito e
considerando os reflexos no corpo somático.

Não é preciso lembrar que Jesus, o Messias, o Ungido, o Divino Delegado, o que
tinha o Espírito de Profecia Sem Medida, tinha tudo aquilo, e mais aquilo que por ora é
difícil fazer entender. Quando os leitores se fizerem elementos do Grau Crístico, e
receberem um tal Divino Encargo, hão de saber o que é. Enquanto isso não ocorrer, por
sim e por não, terão que movimentar a pedra contraditória...

- 251 -

“Sobre o que Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo.” - Marcos,
cap. 8.

Nunca teria sido com má intenção o propósito de Pedro; experimentado da vida,
achou que devia encurtar o entusiasmo do jovem Jesus. É que lhe seria difícil considerar
certas diferenças de ordem vibratória ou dimensionais; porque Jesus via a Terra pelos
visos do Céu, enquanto ele, Pedro, pretendia medir o Céu pelos visos da Terra. A
diferença é tremenda!

Deixemos porém o velho pescador, que não foi achado à beira da água, porque já
havia sido discípulo de João Batista, visto ser filiado à Escola de Profetas, e vamos dizer
que depois dele, muitos milhares de outros têm feito pior, porque em lugar de
pretenderem apenas aconselhar, tudo quanto fazem é perverter, é corromper a Excelsa
Doutrina deixada por Jesus. Subvertem, corrompem, induzem a tremendos erros e se
acreditam ministros de Deus!...

- 252 -

“Se a lei de Cristo penetrou nas consciências individuais e até uma certa medida
na vida social, é ainda a lei pagã e bárbara que governa as nossas instituições
políticas. ” - G. I.

O feliz Autor de OS GRANDES INICIADOS faz, no final de sua Obra,
considerações bastante ponderosas sobre os reflexos que a lei de Cristo, como ele
qualifica, não teve ainda sobre a vida social das gentes. Como, perguntamos nós,
poderia ter acontecido isso, se as religiões sempre foram as adversárias das Grandes
Revelações?

Porque as Grandes Revelações sempre tiveram por base a Moral, o Amor, a
Revelação, o Saber e a Virtude. Isto, para que as verdades fundamentais que se
encontram expressas nestas palavras - Essência, Existência, Movimento, Imortalidade,
Evolução, Responsabilidade, Reencarnação, Comunicação, Habitação Cósmica e
Sagrada Finalidade - pudessem ter franca penetração por parte das gentes.

Que fez, entretanto, a clerezia organizada em caracteres político-mercenários? Não
arranjou dogmas os mais absurdos, para contrariar as verdades fundamentais? Não
andou trucidando Profetas e crucificando Cristos? Não vive ainda de mancebia com os
governos temporais, pagãos e bárbaros, a vender fetiches, a fabricar ignorantes e
blasfemos, e tudo em nome de Deus, da Verdade, do Cristo e do Bem?

Se, repetimos, os que falam em Deus, tudo fazem para destruir as verdades de Deus
e implantar as suas maquinações idólatras, traindo francamente os ideais de Sabedoria e
Virtude, porque renegando a Moral, o Amor e a Revelação instrutiva; se, afirmamos, em
nome de Deus fazem descrer das nobres ações e do conhecimento das leis simples da
Criação, como poderia ser que os governos temporais, pagãos e bárbaros, tivessem
melhores propósitos?

Ademais, a lei de Cristo é apenas um modo de falar, e modo muito insuficiente,
porque o Cristo foi apenas o Transmissor da Excelsa Doutrina. Ele sempre disse que a
Doutrina é do Pai. E como assenta ela nos três sentidos da Lei de Deus, que são a
Moral, o Amor e a Revelação, tudo está, no Cristo, absolutamente exato.

Não aceitamos, de modo algum, o conceito de que as igrejas em geral sejam filhas
do Cristo; porque o Cristo transmitiu a Excelsa Doutrina, cujas bases são as verdades de
Deus e não os engodos inventados pelos homens idólatras e blasfemos dessas mesmas
verdades. Nada de igrejas e tudo de conhecimento e culto da Excelsa Doutrina. A
unidade depende da Lei de Deus, cujos três sentidos o Cristo viveu, porque devia ficar,
como ficou sendo, o Divino Modelo!

Com um pouco de honestidade mental, tudo voltaria ao Caminho do Senhor, que
era o nome do Cristianismo Primitivo. Ali não havia clerezias, dogmas, rituais, liturgias,
salamaleques comerciáveis e outros engodos pagãos.

- 253 -

“Quem te fez a ti príncipe e juiz?” - Atos, cap. 7.

Esta transcrição, feita do capítulo sete dos Atos, poderia ter sido feita do Velho
Testamento, porque a pergunta foi dirigida a Moisés. Entretanto, convém repisar a
grandeza deste capítulo, pelos motivos que contém. Por isso é que nos convidaram,
Isaías, Jeremias e Amós, e João Evangelista, para usá-lo, a fim de que suas lições
fiquem bastante lembradas a todos.

O tema é o seguinte, no momento - Tudo aquilo que vem de Deus, começa por ser
desprezado pelos homens. Assim foi com Moisés, que fez o que fez; que transmitiu uma
vez mais a Lei de Deus e que foi o primeiro batizador em Revelação ou Espírito.

E Jesus, quando pela primeira vez entrou no Templo, para ensinar, quiseram atirá-
Lo de um monte. Por fim, pregaram em uma cruz, pouco tempo depois.

Ninguém, todavia, conseguiu destruir a Moisés; nem tampouco existiu quem fizesse
o Cristo fracassar. Moisés tirou o povo do Egito, transmitiu a Lei e foi o primeiro
batizador coletivo de Espírito; e Jesus, que veio derramar do Espírito sobre a carne toda,
ainda acrescentou duas outras vitórias impassáveis, pois voltou como espírito para fazer
isso e deixou o mais frisante exemplo da ressurreição final do espírito.

Que adiantou a repulsa dos homens?

E assim mesmo irá acontecendo, pelos tempos a fora, porque Deus não discute com
os homens os Seus desígnios.

Nem mesmo os homens, sendo prudentes, iriam perguntar à ignorância o que fazer
com a Sabedoria!

O Espiritismo, tendo por base a Moral, o Amor, a Revelação, o Saber e a Virtude,
jamais irá perguntar ao mundo sobre os seus fundamentos e finalidades; porque ainda
que lhe déssemos outro nome, em essência seria sempre o mesmo. Quem é que pode
contra as verdades de Deus, Eternas, Perfeitas e Imutáveis que são?

- 254 -

“Então punham as mãos sobre eles, e recebiam o Espírito Santo.” - Atos, cap. 8.

A Graça deixada por Jesus, a Revelação ou comunicação dos espíritos, aquela que
tiraria a orfandade, não era uma pagodeira à maneira da corrupção romana nem
tampouco uma alegoria, um vazio, um misticismo destituído de qualquer positividade,
como querem os protestantes; era, como o é para o Espiritismo, a comunicação dos
anjos, espíritos ou almas, de maneira variada, ostensiva, simples e acima de enigmas.

Quanto aos protestantes, que fazem a idolatria da letra e se acomodam ao desprezo pelo
Consolador, isto acontece pelo fato de terem ficado num degrau da escada. Se
compreendessem que o trabalho de reposição das coisas no lugar começou com João
Huss, tendo que passar por Lutero, para chegar ao trabalho de Kardec, tudo estaria
perfeitamente em ordem.

Acresce que Elias começou o trabalho como João Huss, tendo feito a Codificação
como Kardec, nem assim tendo terminado a obra, que saltou para o Brasil do século
vinte. Lutero é apenas um passo transitivo, nada mais. E no dia em que se derem a
reunir, daquele modo que está escrito no capítulo quatorze da Primeira Epístola de
Paulo aos Coríntios, descobrirão que o Espiritismo foi a conseqüência lógica dos
trabalhos precedentes de João Huss e Lutero.

A grandiosa eclosão mediúnica do século dezenove, de modo algum poderia ou
deveria dar-se, antes de o Evangelho estar espalhado pelo mundo. A evolução planetária
faz, em todos os mundos, com que haja a infusão entre os dois planos da vida; e para
que esta infusão seja cultivada em base de Lei, cumpre não esquecer os ensinos
evangélicos.

Como a evolução planetária é um fato, e nenhum homem poderia determinar coisa
alguma contra as leis de Deus, melhor fora que se entregassem ao santo trabalho de
procurar o melhor conhecimento, para virem a ensinar o que podem, do que ficarem,
por simples caprichos sectários, na triste situação de blasfemos do Batismo de Espírito.

- 255 -

“Então disse o Espírito a Filipe: Chega, e junta-te a este coche.” - Atos, cap. 8.

Nada de intuição, inspiração, fantocharia romana ou morbidez protestante: o
Batismo de Jesus, que é do Céu, estabelecimento concreto da comunicabilidade dos
anjos, espíritos ou almas, para advertir, ilustrar e consolar!

Discernir sobre os espíritos comunicantes, isso é dever dos cultivadores do Batismo
de Espírito. Querer anular os desígnios de Deus é tolice muito grande; o melhor é ser
honesto, é procurar o bom conhecimento, para de fato respeitar a Vontade de Deus,
respeitando assim o sacrifício de Jesus, que pagou com a vida a Graça que derramou
sobre a carne.

- 256 -

LEVANTA-TE ISRAEL!

Chegada a hora, beira o rio Jordão,
O Florão Celeste, a luz dos milênios;
Jesus palmilha a Terra, é todo Unção,
E traz a Graça, o Iniciador dos Essênios.
A Doutrina é Lei, Graça e Verdade,
É Moral, é Amor, é a Fiel Revelação;
Pertence à carne, gera a Liberdade,
Não tem proprietários, é consolação.
Ouvi Raças, Povos, toda a Humanidade!
Joel freme na promessa, o profetismo!
Falarão almas de Verdade, em comunicação,
Fazendo do Consolador a Voz do Cristianismo!
Israel, entretanto, nega e trai Jesus,
Vendo Nele o homem cheio de feitiçaria...
E diz o Talmud, por isso foi Ele à cruz,
E em Roma, o Consolador o fim encontraria.

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