"Os sábios não se afligem nem pelos vivos nem pelos mortos. Jamais deixei de existir, nem tu, nem estes condutores de homens; nenhum de nós jamais deixará de existir no futuro" (Bhagavad-Guitâ)... Deus que está em toda parte, aqui se faz presente pela demonstração de amor!
"Trazer luz à obscuridade, transmutar ignorância em conhecimento, é colaborar com o processo de redenção do planeta."
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
As Sete Idades do Homem
Um Trecho da Peça “Como Você Quiser”
William Shakespeare
Nota do Tradutor:
As peças de Shakespeare foram escritas em versos, mas, nesta tradução para o português coloquial, abandono a idéia de rimas. O trecho a seguir, da comédia “As You Please” (“Como Você Quiser”), é um exercício irônico de meditação sobre a passagem da vida humana, e um estímulo para que não percamos muito tempo com o eu inferior, a casca, mas busquemos viver em nosso eu superior, Atma-Buddhi, a alma imortal.
O trecho pertence à Cena Sete do Ato II. Poucas falas antes, um personagem da comédia afirma:
“Agora são dez horas e você pode ver como o mundo oscila; há uma hora eram nove, dentro de uma hora serão onze; a cada hora que passa nós amadurecemos; a cada hora apodrecemos; nisso há toda uma história.”
No entanto, o desânimo em Shakespeare é aparente: a lição prática está em viver com plena atenção cada instante da vida.
(Carlos Cardoso Aveline)
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O mundo inteiro é um palco,
E todos os homens e mulheres são meros atores:
Eles têm suas saídas e suas entradas;
E um homem cumpre em seu tempo muitos papéis.
Seus atos se distribuem por sete idades. No início a criança
Choraminga e regurgita nos braços da mãe.
E mais tarde o garoto se queixa com sua mochila,
E seu rosto iluminado pela manhã, arrastando-se como uma lesma
Sem vontade de ir à escola. E então o apaixonado,
Suspirando como um forno, com uma balada aflita,
Feita para os olhos da sua amada. Depois o soldado,
Cheio de juramentos estranhos, com a barba de um leopardo,
Zeloso de sua honra, rápido e súbito na briga,
Buscando a bolha ilusória da reputação
Até mesmo na boca de um canhão. E então vem a justiça,
Com uma grande barriga arredondada pelo consumo de frangos gordos,
Com olhos severos e barba bem cortada,
Cheio de aforismos sábios e argumentos modernos.
E assim ele cumpre seu papel. A sexta idade o introduz
Na pobre situação de velho bobo de chinelos,
Com óculos no nariz e a bolsa do lado,
Suas calças estreitas guardadas, o mundo demasiado largo para elas,
Suas canelas encolhidas, e sua grande voz masculina
Quebrando-se e voltando-se outra vez para os sons agudos,
Os sopros e assobios da infância. A última cena de todas,
Que termina sua estranha e acidentada história,
É a segunda infância e o mero esquecimento,
Sem dentes, sem mais visão, sem gosto, sem coisa alguma.
[ “As You Please”, Ato II, Cena VII, em “The Complete Works of William Shakespeare”, Edited by W. J. Craig, M.A., Magpie Books, London, 1992, 1142 pp. ]
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Sobre o significado numerológico do sete, veja o texto “O Número Sete”, na seção “Helena Blavatsky” deste website.
Segundo numerosos estudantes de filosofia esotérica, o ator inglês William Shakespeare na verdade apenas emprestou seu nome e concordou em aparecer como autor das numerosas peças escritas pelo pensador e estadista Francis Bacon, que era um profundo conhecedor da tradição esotérica.
O autor norte-americano Manly P. Hall e a autora inglesa Jean Overton Fuller apresentaram evidências a respeito.
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