Reserva natural foi fechada no litoral da Louisiana nesta sexta-feira.Estrutura que vai estancar vazamento no Golfo do México já foi instalada.
As autoridades dos Estados Unidos intensificaram nesta sexta-feira (7) os controles de qualidade de água, ar e as provisões de pescado e marisco após a chegada a costa do vazamento do Golfo do México na véspera.
Uma reserva da fauna nas ilhas localizadas frente ao litoral da Louisiana foi fechada devido à contaminação causada pelo vazamento de petróleo da BP, enquanto equipes de emergência tentavam limpar a costa.
Enquanto isso, a BP, concessionária da plataforma afundada em 22 de abril, finalizou a instalação de uma enorme caixa com a qual quer recolher grande parte do petróleo que flui para o mar.
A companhia acredita que a estrutura retangular de mais de 12 metros de altura que será instalada a 1,5 mil metros de profundidade vai conseguir recolher até 85% dos cerca de 800 mil litros de petróleo jogados nas águas do Golfo do México diariamente.
Posteriormente, o óleo será bombeado para um petroleiro na superfície através de um encanamento instalado na parte superior da caixa de contenção.
O sucesso da operação é chave para frear o impacto da catástrofe, que a Casa Branca catalogou como um "desastre nacional".
Diversas organizações destacaram que a chegada ontem dos primeiros restos de petróleo às ilhas Chandeleur, consideradas um "tesouro" ecológico, complicam ainda mais a já difícil situação.
"Isso acrescentou um sentido de urgência", explicou Jill Mastrototaro, à Agência Efe. Ele é especialista em temas ambientais da organização Sierra Club que ajuda a partir de Nova Orleans nas tarefas para minimizar o impacto do vazamento.
Segundo dados divulgados nesta sexta pelo comando conjunto da BP e do governo dos EUA na Louisiana, mais de 2,5 mil voluntários ajudam nos trabalhos em andamento, que incluem os incêndios controlados de petróleo, o lançamento de químicos dissolventes e a instalação de barreiras flutuantes para conter a mancha e eliminar a água suja.
As autoridades intensificaram os controles e os preparativos para enfrentar as possíveis ameaças à saúde caso o grosso da mancha chegue à terra firme.
Margot Stiles, uma bióloga marinha da organização Oceana, explicou que a situação é "muito grave" já que coincide, além disso, com a temporada de reprodução de muitos peixes.
Stiles assinalou que se a mancha desembarcar totalmente no litoral danificará "os mangues, as algas, as ostras e também as tartarugas e aves que ficam na região", mas insistiu que o impacto será sentido também na fauna marinha em alto-mar, como golfinhos e baleias.
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